DÍLI, 11 de janeiro de 2024 (TATOLI) – O Programa Alimentar Mundial (PAM) vai disponibilizar 380 toneladas métricas de alimentos fortificados a mais de 10 mil grávidas e lactantes com vista a combater a desnutrição materna no país. Para o efeito, o Ministério da Saúde e a Organização das Nações Unidas (OMS) em Timor-Leste assinaram um acordo.
A Ministra da Saúde, Élia Amaral, referiu, num comunicado a que a Tatoli teve acesso, que o fornecimento de alimentos nutritivos visa reforçar a nutrição das mulheres grávidas e lactantes, porque o aleitamento materno é uma das formas mais eficazes de garantir a saúde e a sobrevivência das crianças em tenra idade.
A governante considera que esta iniciativa representa um passo significativo para combater a desnutrição crónica no país.
Para a Representante do PAM em Timor-Leste, Cecília Garzon Olivares, as mulheres e raparigas em idade fértil enfrentam problemas sérios de saúde devido à crise sanitária, às alterações climáticas e ao aumento dos preços dos alimentos, e, por isso, “o PAM está empenhado em estabelecer uma parceria com o Ministério da Saúde para apoiar um futuro mais saudável para mães e crianças em Timor-Leste”.
Segundo dados de Alimentação e Nutrição recolhidos entre 2013 e 2020, houve uma ligeira descida na percentagem relativa ao nanismo infantil, de 50% para 47%. O mesmo se verificou com a percentagem de debilidade infantil que se fixava nos 11% em 2013 e, em 2020, nos 9%.
Dados de 2013 indicam que o país registava 27% de grávidas com baixo Índice de Massa Corporal e em 2020 reduziu aquele valor para 2%. Outras dados, da Pesquisa de Saúde e Demográfica de Timor-Leste, indicavam que 6% das crianças são obesas, 45% daquelas com menos de cinco anos sofrem de nanismo e 24% de raquitismo.
Outros dados mostram ainda que cerca de 40% das crianças sofrem de anemia e só 50% consomem leite materno em exclusividade. Finalmente, apenas 13% das crianças e jovens seguem uma dieta recomendada.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: isaura Lemos de Deus