DÍLI, 17 de janeiro de 2021 (TATOLI) – O Parlamento Nacional pediu ao Governo que levasse a cabo a fumigação e reativasse as atividades de limpeza a cada sexta-feira nos bairros de maior risco de dengue, incluindo nas escolas e residências.
A deputada da bancada do Partido da Libertação Popular (PLP), Roselina Ximenes, recomendou ao Governo e aos ministérios relevantes que reativassem as atividades de limpeza para combater o dengue em Díli e nos restantes municípios.
“Visitei, na semana passada, o Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) e observei que o número de casos de dengue está a aumentar, sobretudo em crianças, o que preocupa a população”, salientou a deputada no Parlamento Nacional.
A deputada recordou ainda que o Governo realizava anteriormente atividades de limpeza a cada sexta-feira com o objetivo de prevenir o dengue e inundações.
Roselina Ximenes acrescentou que é preciso limpar os esgotos na capital. “Se estas latas e garrafas não forem retiradas, teremos mais mosquitos em tempo de chuva”, referiu.
Já a deputada da bancada da FRETILIN, Helena Martins, reiterou a declaração da Diretora-Geral da Prestação de Serviços de Saúde do Ministério da Saúde (MS) sobre a fumigação na capital. “No entanto, a atividade em causa não foi realizada em alguns bairros”.
“Pedi ao Ministério da Saúde que prestasse atenção ao combate ao dengue”, realçou.
Respondendo às preocupações das deputadas, o Ministro dos Assuntos Parlamentares e Comunicação Social (MAPCOMS), Francisco Jerónimo, disse que o Governo já fumigou várias zonas de Díli, nomeadamente o bairro de Aimutin e outros com alto risco de dengue.
O ministro salientou ainda que o HNGV já tem em curso a gestão das camas hospitalares para os pacientes de dengue. “No entanto, se o número de casos aumentar, alguns pacientes poderão ser instalados nos centros de saúde de Vera-Cruz e de Formosa”.
Recorde-se que Timor-Leste regista, desde o início de janeiro, 440 casos de dengue e sete vítimas mortais.
Segundo o comunicado do MS, Díli reporta 319 casos, Baucau e Ermera 25 cada, Manatuto 23, Covalima 17, Manufahi 14, Bobonaro cinco, Ainaro e Viqueque quatro cada, Liquiçá três e Aileu um.
“A maioria dos casos é de Díli, mas, no total, são 11 os municípios que registam esta doença”, refere o documento.
A maioria das infeções na capital surgiu no posto administrativo de Dom Aleixo, registando-se, nas últimas três semanas, 140 casos, seguindo-se o posto administrativo de Cristo Rei com 66, Vera Cruz e Na’in-Feto com 55 cada.
Recorde-se que o Serviço de Saúde do Município de Díli (SSMD) registou, no ano passado, 672 doentes com dengue e oito vítimas mortais.
O Ministério da Saúde pediu, na semana passada, à população que limpasse casas e bairros para a prevenção do surto de dengue.
A Diretora-Geral da Prestação de Serviços de Saúde do MS, Odete Viegas, afirmou que o dengue não é uma doença nova no país, registando-se anualmente um grande número de casos.
“As condições climatéricas também contribuem para o aumento do número de casos de dengue. O Ministério da Saúde continua empenhado em alertar a população para a prevenção”, afirmou a dirigente, em Delta Nova, Díli.
O ministério mantém a fumigação e distribuição de larvicida pela comunidade, sublinhando a necessidade da participação dos residentes para o sucesso no combate a esta doença.
Notícia relevante: Timor-Leste regista 440 casos de dengue e sete óbitos
Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Maria Auxiliadora