DÍLI, 07 de novembro de 2022 (TATOLI) – Nos últimos dias registaram-se conflitos entre grupos rivais de artes marciais em Díli que provocaram distúrbios na ordem pública, destruição de bens (motas e casas, entre outros), vários feridos e um morto. O falecido foi um jovem apedrejado em Dare e tanto este como o suspeito, tudo indica, pertencem a grupos de artes marciais.
A propósito destes incidentes, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto (SEJD), Abrão Saldanha, informou que os confrontos entre os jovens surgiram por causa de rivalidades entre grupos, bem como de assuntos de índole pessoal.
“Os confrontos entre jovens aconteceram por causa de questões pessoais e rivalidades entre grupos de artes marciais. Uma investigação está em curso e as autoridades de segurança estão a lidar com o assunto”, informou Abrão Saldanha aos jornalistas, no Palácio Presidencial.
O Secretário de Estado revelou ainda que estes conflitos também se devem “a vários problemas sociais que o país enfrenta”.
Abrão Saldanha admitiu que a resolução do problema das rivalidades entre grupos de artes marciais “não é fácil, uma vez que muitas pessoas se envolvem nestas organizações, pelo que a questão não é resolvida num minuto ou dois, mas leva tempo a transformar a mentalidade das pessoas” e aconselhou: “peço a todos que se unam na ajuda ao desenvolvimento e transformação da mentalidade dos nossos jovens”.
O Secretário de Estado explicou que o fundo para as artes marciais e rituais ascendeu a 2,5 milhões de dólares americanos com o objetivo de construir sedes para as organizações, para a formação e para o recenseamento dos membros dos grupos em apreço, bem como para a realização de competições desportivas. O fundo em causa é proveniente do Orçamento Geral do Estado retificativo de 2022, promulgado pelo ex-Presidente da República, Francisco Guterres Lú Olo.
Relativamente à construção das sedes dos grupos de artes marciais e rituais, Abrão Saldanha revelou que “o processo ainda está numa fase de recolha de dados para se saber se a organização a financiar dispõe de um terreno próprio para a construção do edifício”.
Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Maria Auxiliadora
