DÍLI, 14 de outubro de 2022 (TATOLI) – O Governo timorense está empenhado na preservação dos dialetos, revelou o Diretor-Geral da Secretaria de Estado da Arte e Cultura (SEAC), Manuel Smith.
O dirigente disse que a secretaria está a colaborar com a Comissão Nacional de Timor-Leste da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), com as organizações não-governamentais e com os parceiros de desenvolvimento numa tentativa de unir esforços para preservar dialetos em perigo de extinção.
“Algumas línguas timorenses estão em extinção, como o Makua, do posto de administrativo de Tutuala, em Lautém e, por isso, trabalhamos em parceria com a Comissão Nacional de Timor-Leste para a UNESCO de modo a protegê-las”, informou Manuel Smith, à Tatoli, na Praia dos Coqueiros, em Díli.
O Diretor Nacional do Património Cultural, Gil Oliveira, a este propósito, informou que a SEAC tinha já identificado seis dialetos sob ameaça de extinção: Makua , Atauran, Adabe, Nanaek, Isni e Lolein,.
Segundo Gil Oliveira, o Governo está ainda a cooperar com a UNESCO para fazer levantamento de dados em Viqueque, Lautém e Baucau para identificar outros dialetos em risco.
De acordo com os Censos da População 2010, há várias línguas indígenas existentes em perigo de extinção, dando como exemplo o Makua, que conta apenas com 56 falantes, o Atauran, com 147 falantes, o Adabe, com 181 falantes, o Nanaek, com 297 falantes, e o Isni, com 703 falantes.
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora
