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PM Taur congratula mulheres timorenses

PM Taur congratula mulheres timorenses

Primeiro-Ministro timorense, Taur Matan Ruak. Imagem Tatoli/António Gonçalves.

DÍLI, 3 de novembro de 2021 (TATOLI) – O Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, congratulou as mulheres timorenses por celebrarem o Dia Nacional das Mulheres.

“Em nome do oitavo Governo, aproveito a oportunidade para congratular as mulheres timorenses neste dia especial”, afirmou na nota de imprensa a que a agência teve acesso na quarta-feira.

O comunicado referiu que o Governo escolheu o dia 3 de novembro como Dia Nacional das Mulheres em Timor-Leste, pois é a data da morte da heroína Maria Tapo, que mostrou dedicação e coragem ao lutar ao lado dos guerrilheiros contra os indonésios, durante 24 anos, até Timor-Leste ser livre e independente.

“O 3 de novembro permite uma reflexão sobre a importância das mulheres no desenvolvimento nacional”, disse.

O comunicado garante que o Governo está a envidar todos os esforços para envolver as mulheres no processo de desenvolvimento.

Maria Tapo foi heroína e membro da Organização Popular das Mulheres Timorenses (OPMT) na luta contra os militares da Indonésia. Nasceu no suco Tapo-Bobonaro. Era analfabeta, mas foi uma figura exemplar para as mulheres e a primeira heroína da libertação nacional.

Antes de a Indonésia invadir Timor-Leste, a 7 de dezembro, já se tinha infiltrado em Timor-Leste pela fronteira. Maria, ao lado do marido, colaborava com as Forças Armadas de Libertação Nacional (FALINTIL). A 3 de novembro de 1975, encontrava-se a fazer vigilância – no lugar do marido – na linha de fogo, onde enfrentou as forças indonésias, tendo sido morta em combate.

Depois de morrer, as amigas de Maria Tapo enviaram uma carta ao Comité Central da Fretilin onde se lê: “Nós, as mulheres de Tapo, nunca nos renderemos, lutaremos até à nossa última gota de sangue”.

O Primeiro-Ministro da República Democrática de Timor-Leste na altura, Nicolau Lobato, em 1976, já no mato, decidiu criar o Dia Nacional das Mulheres e escolheu o dia da morte de Maria Tapo.

Depois da restauração da independência em 2002, no segundo congresso nacional das mulheres, onde participaram várias organizações, foi exigida a proclamação de uma data para assinalar e valorizar o contributo das mulheres que  lutaram pela libertação nacional de 1975 a 1999. As congressistas propuseram ao Parlamento Nacional o dia 3 de novembro como Dia Nacional das Mulheres.

Jornalista: Antónia Gusmão

Editora: Julia Chatarina

Tradutora: Jesuína Xavier

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