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CPLP deve prestar atenção à prosperidade, conjuntura atual e paz

CPLP deve prestar atenção à prosperidade, conjuntura atual e paz

Os líderes dos países da CPLP. Imagem do MNEC.

LUANDA, 17 de julho de 2021 (TATOLI) – O representante do Estado de Timor-Leste na Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), José Reis, apelou aos países da organização que prestem atenção a três pontos essenciais – prosperidade, conjuntura atual e paz.

O Enviado Especial e Chefe da Delegação de Timor-Leste da Cimeira da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), José Reis, falava no âmbito do debate geral da XIII Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, em Luanda, Angola.

“Precisamos de caminhar para a prosperidade e devemos fazê-lo sem descurar outros objetivos da CPLP. Na verdade, a CPLP acerta-se com base na história, linguística e cultura que tornam coesos os seus membros. Se construir obriga a olhar para o passado, perspetivar o futuro requer ter presente a nossa natureza”, afirmou.

A CPLP é uma organização presente em todos os continentes, “um espaço dominado pela maritimidade, por territórios cheios de recursos minerais, terra arável, que se pode portar como celeiro do mundo, uma população jovem que impressa um futuro”.

“Tendo em conta que as ameaças e os desafios que se avizinham têm um caráter global, nós temos de aprender a trabalhar em rede. Temos de aprender a desenvolver parcerias para provocar investimento, temos de desenvolver o setor privado”, acrescentou.

José Reis recordou a articulação dos países com a região, o que pode beneficiar a comunidade.

“O saber tirar partido de uma plataforma proporciona um efeito multiplicador e a CPLP pode transformar-se numa rede influenciadora e transformadora”, sustentou.

No que toca à conjuntura atual, o governante timorense disse que é marcada por uma complexidade crescente, a que se somam as alterações climáticas, com consequências que podem ser nefastas.

Lembra que, em 2020, o mundo se viu desafiado pela pandemia da covid-19 que agravou as desigualdades sociais.

“Urge repensar a relação com o nosso planeta, repensar a relação com os recursos, que não são infinitos, mas que, bem utilizados e bem repartidos, chegam para todos nós”, sublinhou.

Defendeu ainda que a incerteza e a complexidade atual implicam  nos países “uma cultura de prevenção e planeamento”.

“É preciso dotar a nossa comunidade de estrutura de resposta a estes novos desafios ou reforçar o papel Centro de Análise Estratégica da CPLP, instrumentalizando a previsão feita numa Nova Visão Estratégica”, sustentou.

José Reis salienta também que a paz permite a erradicação da fome e da desigualdade.

“Quero terminar exprimindo a solidariedade para com Moçambique, país irmão, que se vê flagelado pela ação terrorista. Quero ainda reafirmar o nosso apoio às causas do Sahara Ocidental e Palestina. As resoluções pertinentes das Nações Unidas reafirmam o direito inalienável do povo Saaraui à autodeterminação”, referiu.

 “Temos a força e condições de podermos fazer mais. É necessário que possamos juntos definir os caminhos e instrumentos que possam contribuir para uma transformação dinâmica e progressista para a CPLP”, concluiu.

Notícia relevante: Timor-Leste congratula-se com presidência angolana da CPLP no próximo biénio

Jornalista: Domingos Piedade Freitas

Editora: Maria Auxiliadora

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