DÍLI, 11 de abril de 2024 (TATOLI) – Prevê-se que o crescimento económico médio anual do país cresça 3,4%, apoiado pela estabilidade fiscal, pelo aumento do investimento de capital e por um consumo privado estável, refere o relatório divulgado hoje pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD).
No documento Asian Development Outlook, é apontada uma “melhoria nas perspetivas de crescimento do país em comparação com a estimativa de 1,9% em 2023, prevendo-se que o crescimento seja de 4,1% em 2025, apoiado principalmente por investimentos de capital, serviços e agricultura”.
Prevê-se ainda que a inflação média seja moderada, 3,5% em 2024 e 2,9% em 2025, devido à redução da pressão sobre os preços dos bens e serviços importados e dos riscos globais associados aos preços dos produtos de base se atenuarem. Já o défice da balança de transações vai aumentar, devido à diminuição dos rendimentos primários e ao aumento das importações, em consonância com a procura interna.
Segundo a mesma fonte, os riscos para as perspetivas de crescimento de Timor-Leste passam por eventuais catástrofes relacionadas com o clima e com condições meteorológicas extremas associadas ao El Niño, pelo aumento dos preços dos alimentos e da energia causado por tensões geopolíticas, por perturbações no comércio e na cadeia de fornecimento, entre outros.
No relatório é referido ainda que num ambiente de inflação mais baixa, Timor-Leste tem uma excelente oportunidade para investir mais no setor não-petrolífero, o que é “fundamental para manter e alargar a dinâmica de crescimento económico”.
“Para traduzir este compromisso na prática, será necessário assegurar a boa execução dos projetos de investimento, reforçar a capacidade institucional e promover reformas da gestão das finanças públicas”, refere o documento.
A Diretora Nacional do BAD em Timor-Leste, Stefania Dina, afirmou que, após se passar por graves tensões económicas em 2017-2021 devido a incertezas políticas internas e a choques externos, dos quais se incluem a covid-19, o ciclone Seroja e graves inundações, a economia do país tem estado numa trajetória de recuperação desde 2022, impulsionada pela melhoria da procura interna.
“Aumentar os investimentos de longo prazo em capital humano, em infraestruturas essenciais e em serviços públicos básicos é imperativo para sustentar o crescimento económico e aumentar o desenvolvimento do setor privado”, afirmou.
A mesma fonte acrescentou ainda que o BAD está empenhado em alcançar uma Ásia e um Pacífico prósperos, inclusivos, resistentes e sustentáveis, contribuindo igualmente para a erradicação da pobreza extrema.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editor: Rafael Belo