DÍLI, 09 de junho de 2021 (TATOLI) – O programa “Luz para Adolescentes” é um projeto da Organização World Vision em Timor-Leste com o objetivo de mudar a mentalidade de jovens adolescentes antes de entrarem na idade adulta.
A Especialista Técnica em Género e Proteção Infantil, Joana dos Santos Camões, disse que o projeto visa proteger os jovens da violência e capacitá-los para desenvolverem as suas competências.
“Este programa une muitos jovens para partilharem os seus problemas e as barreiras à sua liberdade. Por isso, a organização tomou a iniciativa de o criar”, afirmou Joana, à TATOLI, na Sede da World Vision, em Bidau.
A responsável recordou ainda que o programa começou a ser implementado em junho do ano passado e terminará em julho de 2025. Para já, este foi implementado nas aldeias de Balibó Vila, Cowa, Sanirin, Leolima e Leohito, no Posto Administrativo de Balibó do Município de Bobonaro.
Joana adiantou ainda que a organização construirá também um posto de formação nas áreas selecionadas de acordo com o número de jovens, que varia entre os 20 e os 25. Segundo o programa, os pais, os religiosos e os líderes locais participarão na implementação do projeto.
“Este programa pode proporcionar quatro mudanças significativas para os adolescentes, nomeadamente mudanças no caráter, equilíbrio de género, participação nas tradições e outras que podem dar um impacto positivo aos adolescentes”, referiu.
Joana recordou ainda que a World Vision e a Marie Stopes de Timor-Leste assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para estabelecerem os princípios de cooperação e reforçarem a coordenação entre as duas partes para a implementação do projeto “Luz para Adolescentes”.
A Diretora Nacional da Clínica Marie Stopes em Timor-Leste, Girshma Bista, agradeceu imensamente a cooperação estabelecida entre as duas organizações, porque, por outro lado, a Marie Stopes ajudará a disponibilizar formação em saúde sexual e reprodutiva.
“Daremos formação e realizaremos divulgação de informações para os jovens em Bobonaro. Esta contará com a participação dos chefes de aldeia e de outras comunidades. Isso não é um tabu. O conhecimento sobre saúde sexual e reprodutiva é muito importante para todos a fim de que possam salvar os seus futuros. Este poderá ajudá-los a tomar uma decisão certa”, concluiu.
Jornalista: Jesuína Xavier
Editor: Zezito Silva
