DÍLI, 12 de abril de 2021 (TATOLI) – O Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) afirma que o cadáver de um doente de 46 anos, que se encontra no centro de isolamento de Vera Cruz, deve ser transportado para o cemitério destinado às vítimas de covid-19.
O Segundo Comandante Operacional da Sala de Situação, o brigadeiro-general João Miranda ‘Aluc Descartes’, pediu à família do falecido que coopere com o Estado e cumpra o protocolo do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Cooperem com as nossas instituições para evitarmos a propagação do surto de covid-19”, afirmou Aluc Descartes, numa conferência virtual, em Díli.
O Segundo Comandante Operacional disse que o CIGC tem o papel de assegurar todas as medidas necessárias desde o transporte até ao centro de isolamento, aquando da infeção, bem como na etapa da recuperação ou, em caso de falecimento, efetuar a cerimónia fúnebre de acordo com o protocolo.
Questionado sobre o protesto de Kay Rala Xanana Gusmão contra esta situação, Aluc Descartes apelou à colaboração e apoio na implementação das medidas.
“Na minha qualidade de Segundo Comandante Operacional da Sala de Situação, apelo a todos, e também ao meu irmão [Xanana], um líder histórico, que cooperem com o Ministério da Saúde de modo a evitar que o vírus alastre pelo território nacional. Somos obrigados a tomar medidas forçadas em relação a esta questão”, sugeriu.
Já o Coordenador da Força Tarefa para a Prevenção e Mitigação do Surto de Covid-19 em Timor-Leste do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), Rui de Araújo, explicou que o país está em estado de emergência e existem regras a cumprir para a prevenção e mitigação do surto.
“Com base nessas regras, devemos seguir o protocolo de cerimónia fúnebre específica para morte por covid-19, o que não se aplica a todas as mortes. Precisamos de aplicar medidas especiais na realização de funerais apenas em caso de falecimento pelo novo coronavírus por questões de saúde pública”, referiu.
Rui de Araújo afirmou ainda que está comprovada a infeção por covid-19 no cadáver. “Se o corpo for exposto em velório, dentro de 24 horas, ninguém sabe a implicação na propagação da doença. Por tanto, as autoridades têm o dever de impor as medidas preventivas”, afirmou.
O coordenador pede a todos os cidadãos que contribuam para que a doença não se espalhe mais pelo país.
Rui de Araújo afirmou ainda que este homem de 46 anos entrou no Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) em estado grave, com hipertensão, asma e hemorragia.
Segundo o protocolo, os médicos realizaram o teste à covid-19, que resultou positivo com uma carga viral de 25.1. Sendo assim, e antes de transportar o paciente para Vera Cruz, foram recolhidas análises a três pessoas da família, das quais duas também testaram positivo.
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Jornalista: Maria Auxiliadora
Editor: Zezito Silva
