DÍLI, 03 de dezembro de 2020 (TATOLI) – O Diretor-Executivo da Associação de Deficientes de Timor-Leste (ADTL), Cesário da Silva, disse que existem atualmente no país 38.118 cidadãos portadores de deficiência, sendo que pouco mais de nove mil, aproximadamente 25%, têm acesso a educação.
Entre as pessoas com deficiência, que representam cerca de 3.2% da população timorense, segundo o diretor, 14 mil têm problemas de visão, mais de 12 mil de audição, mais de sete mil mobilidade reduzida e mais de três mil doenças mentais.
“O maior desafio para as pessoas com deficiência é o acesso a educação, uma vez que somente 25% destes cidadãos têm acesso a ela. A falta de acessibilidades nas escolas, de professores e equipamentos adequados constitui também outra dificuldade para as pessoas com mobilidade reduzida”, afirmou Cesário da Silva, no âmbito do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, assinalado a 3 de dezembro, no Centro de Convenções de Díli.
O diretor-executivo pediu, desta forma, ao Governo que garantisse os direitos destes cidadãos, assegurando, de igual modo, uma educação inclusiva para todos.
“Somos também timorenses. Podem contar com a nossa contribuição para o desenvolvimento deste país. No entanto, ainda não usufruímos completamente dos nossos direitos no que toca ao acesso a educação, justiça e outras áreas importantes só por causa das nossas limitações [físicas]”, lamentou.
O responsável recordou ainda que as pessoas com deficiência em Timor-Leste continuam a sentir “estigma e discriminação social” por parte da população.
“Envidaremos, como tal, todos os esforços para diminuirmos a discriminação contra estes cidadãos, consciencializando a sociedade, as famílias e todas as entidades, para entenderem a situação e condições das pessoas com deficiência”, concluiu.
Jornalista: Nelia Fernandes
Editora: Maria Auxiliadora
