DÍLI, 25 de abril de 2025 (TATOLI) – O Papa Francisco faleceu, esta segunda-feira, às 7h35, horas locais, aos 88 anos, na Casa de Santa Marta, no Vaticano. A este propósito, o Parlamento Nacional (PN) realizou hoje uma sessão solene em homenagem póstuma ao Papa Francisco.
Para a Presidente do PN, Maria Fernanda Lay, há momentos em que as palavras não são suficientes para expressar aquilo que habita no coração dos timorenses neste dia de luto.
“Timor-Leste guarda na sua alma o abraço do Papa Francisco, o abraço que não foi apenas um gesto, mas uma bênção que para sempre ficará inscrita na nossa história”, afirmou a dirigente, na sessão solene.
Maria Fernanda Lay recordou que as palavras proferidas pelo Santo Padre, durante a sua visita apostólica a Timor-Leste, em setembro do ano passado, ainda permanecem no coração do povo timorense.
“A visita do Papa Francisco não foi apenas um evento, foi mais um momento de construção da nossa identidade como nação”, referiu.
Para a Fernanda Lay, é importante reconhecer que a fé católica, no país, não é apenas uma religião, pois “ela foi a casa que nos acolheu nos tempos mais sombrios, foi a voz que nunca se calou quando nos tentaram silenciar, e foi a esperança que permaneceu viva quando tudo parecia perdido”.
“O Santo Padre sentiu a alma de Timor, compreendeu o nosso passado e sonhou com o nosso destino: ele viu na nossa juventude a promessa de um futuro luminoso”, frisou.
Maria Fernanda Lay espera que a memória do Sumo Pontífice continue a inspirar o país e que as suas palavras continuem a guiar os timorenses na construção de “uma comunidade feliz”.
Por sua vez, o Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, referiu que o Papa Francisco teve a grandiosidade de, com coragem e sabedoria, elevar o sentido da esperança na humanidade de que é possível construir um mundo melhor.
“Este é um momento de luto e de dor para todos nós, mas é também um momento para refletirmos sobre o impacto das palavras e da vida do Santo Padre, lembrando-o com ternura, como o próprio pediu, e dando sentido ao seu legado, através das nossas próprias ações e orações”, disse.
Xanana Gusmão voltou a expressar as suas mais sentidas condolências ao Colégio dos Cardeais, à Igreja Católica e a todos os seus fiéis, bem como a todos os que, mesmo não sendo católicos, sentem “esta enorme perda deste avô querido, que partiu para a vida eterna para descansar em paz”.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Isaura Lemos de Deus
