DÍLI, 11 de setembro de 2023 (TATOLI) – Em entrevista à Tatoli, Arvind Mathur, representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no país, estabeleceu como prioridade para o seu mandato e meta da organização que representa a saúde e o bem-estar das parturientes e dos bebés timorenses. Concretamente, Arvind Mathur encontra na existência de partos medicamente seguros, na saúde das parturientes e respetivos recém-nascidos, um ideal a cumprir através de medidas sentidas, mesuráveis e com impactos significativamente positivos naqueles destinatários. É, no pensamento daquele representante, a saúde da próxima geração que está em causa.
Entre aquelas medidas, além de partos seguros, estão a redução de riscos patogénicos que reduzam doenças materno-infantis, o fortalecimento do sistema imunitário, uma nutrição puerperal e maternal adequada e, tanto quanto possível, um acompanhamento médico das mães e dos seus filhos pelo menos durante a primeira infância (até aos cinco anos).
“A nutrição é um fator muito importante na qualidade de vida e no bem-estar geral, uma vez que uma melhor nutrição está associada a uma boa saúde dos bebés, das crianças e das mães para fortalecer o sistema imunitário das mães e garantir um parto seguro, bem como reduzir o risco de doenças não transmissíveis”, informou o dirigente à Tatoli, em Díli.
Questionado sobre o tipo de intervenção e mecanismo de apoio disponibilizado, Arvind Mathur explicou que a organização, juntamente com os seus parceiros de desenvolvimento, definiu áreas prioritárias fundamentais para reforçar a escala das intervenções nutricionais através do da promoção de padrões alimentares saudáveis, do fornecimento de alimentos nutritivos para os bebés e da gestão das deficiências de micronutrientes.
O responsável sublinhou ainda que a OMS está também a formular ou a adaptar orientações nacionais e a prestar apoio técnico para aumentar a capacidade no domínio da nutrição e da segurança alimentar, tal como está a apoiar o reforço dos sistemas de gestão e dos conhecimentos nutricionais das mulheres grávidas.
Segundo dados da Pesquisa de Alimentação e Nutrição de 2020, até aos cinco anos, cerca de 47% das crianças sofrem de nanismo e 8,8% apresentam um peso inferior ao considerado adequado por padrões de saúde internacionais.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Isaura Lemos de Deus
