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Combate à desnutrição requer uma ação coletiva

Combate à desnutrição requer uma ação coletiva

Coordenadora Global do Movimento Scalling Up Nutrition (SUN) da ONU, Gerda Verburg. Fotografia Tatoli/Egas Cristovão.

DÍLI, 02 de dezembro de 2022 (TATOLI) – O ponto focal nacional do Movimento Scalling Up Nutrition (SUN), Filipe da Costa, realçou que, para lidar com os problemas de nutrição em Timor-Leste, é necessário um plano de ação nacional que envolva linhas ministeriais, organizações não governamentais, parceiros de desenvolvimento, o setor privado, académicos, jovens e, enfim, a sociedade civil no seu todo.

A afirmação foi feita à margem do Seminário Nacional sobre a Consolidação de Recursos para Alcançar o Objetivo Nutricional 2030, que teve lugar no Hotel Timor, Díli.

“Para aperfeiçoar o combate à desnutrição em Timor-Leste, são necessárias uma intervenção coletiva e uma resposta rápida com resultados múltiplos”, assegurou Filipe Costa.

O responsável mostrou-se satisfeito por o Gabinete da Presidência da República dotar um orçamento no valor 50 milhões de dólares americanos para este combate, num período de cinco anos, e por o Gabinete do Primeiro-Ministro disponibilizar mais 10 milhões de dólares anuais para erradicar o problema da desnutrição no país.

“Esperamos que o próximo Governo mantenha esta política de investimento para fazer uma mudança efetiva”, frisou Filipe Costa.

O dirigente explicou que Timor-Leste tem cinco indicadores que caracterizam o estado da desnutrição no país e que estes apresentam valores elevados: “queremos reduzir a insegurança alimentar de 36% para zero, os alimentos não nutritivos de 20% para zero, reduzir o nanismo infantil de 47% para 25% e a obesidade de 1,2% para o nível mais baixo até 2030”, garantiu.

A Coordenadora Global do Movimento  SUN da ONU, Gerda Verburg, enfatizou que Timor-Leste tem trabalhado em conjunto para concretizar os fortes compromissos do Governo, do Presidente da República e de todas as linhas ministeriais, visando assegurar que a insegurança alimentar e nutricional passe a ser uma coisa do passado.

“Investir na nutrição infantil contribuirá para aumentar os índices socioecónomicos da população e trazer prosperidade ao país, melhorar as condições de vida de todos, criar mais empresas inovadoras e proporcionar emprego aos jovens”, frisou.

Referindo-se à nutrição das crianças mais jovens, Gerda Verburg garantiu que “o aleitamento materno é um milagre da natureza e tem tudo o que uma criança precisa”.

A dirigente sublinhou ainda que, após o processo que conduziu à independência, à paz e à estabilidade democrática em Timor-Leste, “é agora o momento de apostar na saúde e na nutrição dos cidadãos, começando por investir numa boa alimentação nos primeiros mil dias de vida de uma criança”.

Notícia relevante: Setor privado e ONG sugerem ao Governo que invista na agricultura para melhorar a nutrição

Jornalista: Afonso do Rosário

Editora: Maria Auxiliadora

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