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Setor privado e ONG sugerem ao Governo que invista na agricultura para melhorar a nutrição

Setor privado e ONG sugerem ao Governo que invista na agricultura para melhorar a nutrição

Plantações de arroz em Welaluhu.

DÍLI, 30 de novembro de 2022 (TATOLI) – Organizações não-governamentais (ONG) e o setor privado recomendaram ao Governo que investisse na agricultura para melhorar a nutrição das crianças e dos timorenses.

As recomendações surgiram no âmbito do diálogo entre a Coordenadora Global do Movimento Scalling Up Nutrition da ONU, Gerda Verburg, alguns académicos, organizações não-governamentais, representantes do setor privado e parceiros internacionais, sobre a segurança alimentar no país.

Gerda Verburg já havia defendido o fortalecimento de alguns alimentos, incluindo agrícolas, como cereais e arroz, como uma medida relevante no combate à má nutrição infantil.

Rui Castro, um representante do setor privado, afirmou que o Governo deve alocar um orçamento adequado ao setor agrícola, pois esta iniciativa seria uma ação concreta no combate à má nutrição. “O Orçamento do Estado aumenta anualmente e devia alocar verbas para o setor agrícola e reduzir as verbas para atividades cerimoniais”. Rui Castro lamenta, também, que muitas pessoas desistam de trabalhar na agricultura.

A Diretora-Executiva da Fundação Alola, Maria Guterres, por seu turno, referiu que qualquer programa de combate à má nutrição no país deve começar primeiro por sensibilizar a população para a importância de  uma alimentação nutritiva.

O ponto focal do SUN, Filipe da Costa, realçou que o Governo precisa de saber quais seriam os custos anuais no combate à desnutrição e, para tal, julga ser necessário um estudo preliminar.

“O Governo tem orçamento e começa a investir no setor, mas precisa de um estudo adequado para o combate à má nutrição. O Banco Mundial começa a fazer o estudo”, declarou.

Para o assunto em causa, o Executivo alocou, em 2019, 44 milhões de dólares americanos para atividades de nutrição e, em 2020, o orçamento foi reforçado com 56 milhões provenientes do Fundo COVID-19.

Em 2021, alocou ainda 68 milhões de dólares, no âmbito do Pacote de Recuperação e Estímulo à Economia e, em 2022, aumentou novamente o valor para 117 milhões, dos quais se incluem as despesas associadas ao Programa Cesta Básica.

Segundo os dados preliminares da OMS obtidos pela UNICEF, entre 2010 e 2020, há uma redução das taxas de subnutrição. No entanto, os valores ainda estão na casa dos 30%.  A má nutrição provoca 47% do nanismo existente no país, que afeta o desenvolvimento cerebral das crianças. A maioria dos municípios regista taxas altas de má nutrição. São os casos de 63,4 % em Ermera, 60,3% em Ainaro e 57,1% em Oé-Cusse.

Notícia relevante: Movimento Scaling Up Nutrition elogia Timor-Leste no combate à malnutrição

Jornalista: Jesuína Xavier

Editora: Maria Auxiliadora

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