DÍLI, 11 de outubro de 2022 (TATOLI) – O Diretor Regional do Sudeste Asiático da Organização Mundial da Saúde (OMS), Poonam Khetrapal Singh, pediu aos Estados-Membros que intensificassem ações para que todos os pacientes tenham acesso a cuidados de saúde mental com qualidade. O apelo foi feito no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental.
A crise da covid-19 afetou quase todas as áreas da saúde, mas poucas tão profundamente como a saúde mental. Em 2020, estima-se que os casos de perturbações depressivas tenham aumentado mais de 27% a nível global, e os casos de perturbações de ansiedade mais de 25%, somando-se aos mil milhões de pessoas que já viviam com transtornos mentais.
Entre novembro e dezembro de 2021, mais de um terço dos Estados-Membros da OMS relataram perturbações contínuas nos serviços de saúde mental e neurológica.
“Globalmente, antes da pandemia da covid-19, uma em cada oito pessoas vivia com problemas de saúde mental. As lacunas no tratamento eram grandes, especialmente em países de baixo e médio rendimentos. Na região do Sudeste Asiático, uma em cada sete pessoas vivia com problemas de saúde mental, e nos países onde existem dados disponíveis, as lacunas de tratamento variavam entre os 70 e os 95%”.
Segundo Poonam Singh, para colmatar as lacunas ainda existentes, e para acelerar os progressos pré-pandémicos, em setembro de 2022, na 75.ª Sessão do Comité Regional da OMS para o Sudeste Asiático, os países da região comprometeram-se a tomar medidas corajosas e decisivas, adotando por unanimidade a Declaração de Paro sobre o acesso universal aos cuidados e serviços de saúde mental centrados nas pessoas.
A Declaração de Paro visa assegurar que todas as pessoas da região possam ter acesso a cuidados de saúde mental de qualidade, próximos do local onde vivem.
Porque a inação não é uma opção, a região do Sudoeste Asiático pretende nos próximos anos: reorientar os serviços de saúde mental para reforçar a capacidade dos cuidados de saúde primários; estabelecer redes de saúde mental comunitárias baseadas em evidências; aumentar a colaboração com a sociedade civil e as populações afetadas e reforçar os programas nacionais para combater o suicídio e as lesões, bem como o consumo de drogas.
Notícia relevante: OMS apoia celebração do Dia Mundial da Saúde Mental
Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora
