DÍLI, 02 de setembro de 2022 (TATOLI) – O Presidente do Conselho de Imprensa (CI), Virgílio Guterres, pediu aos jornalistas timorenses que fossem rigorosos na elaboração de notícias.
Virgílio Guterres fez este apelo numa entrevista à Tatoli, na qual pretendeu valorizar os sacrifícios dos jornalistas nacionais e internacionais que perderam a vida, durante a ocupação da Indonésia, para a causa de Timor-Leste.
Foram mortos cinco jornalistas estrangeiros, a 16 de outubro de 1975, em Balibó. Gregory Shackleton, Anthony Stewart, Gary Cunnigham, Malcolm Rennie e Brian Peters foram assassinados pelas Forças Especiais indonésias. Passado uns dias, a 08 de dezembro, em Díli, assassinaram Roger East, um jornalista australiano.
Em 1999, aquelas forças militares assassinaram também os jornalistas Sander Thoenes (holandês), Agus Mulyawan (indonésio) e Bernardino Guterres (timorense).
“Os jornalistas agora têm de garantir um padrão de qualidade de notícias como Max Stahl o fez, sem interesses pessoais, mas na procura a verdade”, afirmou o presidente à Tatoli, no Quintal Bo’ot.
Segundo o responsável, os jornalistas devem difundir notícias fidedignas e serem imparciais.
Para motivar os jornalistas a fazer um bom trabalho, o CI realiza anualmente uma atribuição dos prémios que permite valorizar obras jornalísticas, mas também homenagear aqueles que perderam a vida em Timor-Leste.
Por fim, o presidente apelou a todos os jornalistas que continuassem a cumprir o código de ética dos jornalistas na recolha de informação e na publicação de conteúdos.
Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora