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FDCH e Embaixador brasileiro discutem mecanismos para incentivar timorenses a candidatarem-se a bolsas de estudo

FDCH e Embaixador brasileiro discutem mecanismos para incentivar timorenses a candidatarem-se a bolsas de estudo

Diretor-Executivo do FDCH, Cristóvão dos Reis.

DÍLI, 18 de junho de 2022 (TATOLI) O Diretor-Executivo do Fundo de Desenvolvimento do Capital Humano (FDCH), Cristóvão dos Reis, e o Embaixador do Brasil, Maurício Medeiros de Assis, discutiram possibilidades de cooperação, especialmente o programa de bolsas de estudo disponibilizado pelo Governo brasileiro para timorenses.

“A reunião serviu para identificar maneiras de atrair mais estudantes timorenses a estudarem no Brasil”, informou o dirigente à Tatoli, à margem da reunião, no Palácio do Governo.

Cristóvão dos Reis informou ainda que o programa está em discussão, pois o orçamento de 2023 ainda não está decidido.

O responsável destacou a importância de conceder bolsasde estudo aos timorenses para estudarem no estrangeiro em resposta ao Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED) de Timor-Leste 2011-2030.

“O FDCH prevê 30 milhões de dólares americanos no Orçamento Geral do Estado de 2023, mas depende da discussão dos deputados no Parlamento Nacional. Se for aprovado, no próximo ano concederemos 150 bolsas”, informou.

O Embaixador do Brasil, Maurício de Assis, realçou que o seu Executivo está empenhado em disponibilizar vagas num regime isento de propinas a estudantes timorenses.

“A identificação das áreas prioritárias cabe ao Governo timorense. Nós oferecemos as vagas de acordo com os interesses de Timor-Leste”, frisou.

O brasileiro reconheceu também que o mais difícil é compatibilizar o calendário académico no Brasil, que começa em janeiro, com as datas de execução do orçamento em Timor-Leste.

“A mudança de calendário é um problema. Temos de procurar uma solução. É uma questão burocrática que pode ser negociada entre os governos”, assegurou.

Questionado sobre o número de bolsas anuais concedidas pelo Governo brasileiro a Timor-Leste, o embaixador respondeu que “não um número fixo, pois os jovens timorenses não se candidatam num número desejável, sobretudo se comparados com o dos jovens dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)”.

“No ano passado, houve apenas quatro bolseiros timorenses no Brasil face a 300 estudantes de Angola e de Moçambique. Temos de descobrir um mecanismo para incentivar e preparar melhor os estudantes timorenses a se candidatarem“, revelou.

De acordo com os dados do FDCH, 271 estudantes timorenses foram beneficiários do programa bolsa de estudo do Brasil, dos quais 204 concluíram os seus estudos, 45 ainda se encontram no Brasil e 22 desistiram devido a questões de saúde ou outros motivos.

Jornalista: Afonso do Rosário

Editora: Maria Auxiliadora

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