DÍLI, 11 de março de 2023 (TATOLI) – Mais de 50 crianças, a quem foi detetada a deformação labial conhecida como lábio leporino, foram submetidas a cirurgias de correção. A informação veio do Diretor Clínico do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), Marcelino Correia. Para estas cirurgias um grupo de médicos australianos deslocou-se a Timor-Leste.
Segundo o diretor, a equipa cirúrgica que levou a cabo as operações era constituída por um médico timorense e três australianos, um cirurgião, um anestesiologista e uma enfermeira de apoio cirúrgico. As cirurgias foram concretizadas no HNGV.
“De acordo com os dados, mais de 50 crianças com lábio leporino receberam cirurgia. Os médicos cancelaram duas por complicações da saúde, nomeadamente a apresentação de febre, tosse e constipação”, referiu Marcelino Correia, acrescentando que “outras pessoas com problema de lábio leporino podem receber cirurgia, pois este não é um problema complicado”.
O dirigente salientou ainda que os médicos que realizaram as cirurgias durante cinco dias. De acordo com o que tem ocorrido nos últimos anos, esta vinda de médicos tem sido numa base anual.
O lábio leporino é uma malformação congénita que ocorre no início da gestação e que afeta o lábio superior, em muitos casos, desfigurante. Medicamente surge uma deformação anatómica, fenda lábio-palatina, causada por uma fusão incompleta das estruturas da cavidade oral. Além de, em geral, comprometer o bem-estar físico e psicológico da criança, tem, em específico outras consequências fisiológicas, desde a diminuição da sucção (vital para a amamentação), a dificuldade na deglutição (engolir alimentos), a formação anormal da dentição, podendo até afetar a fala e a audição, via infeção de zonas conexas à boca.
Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora
