DÍLI, 09 de fevereiro de 2023 (TATOLI) – A União Europeia (UE) e a Organização Não- Governamental Plan International Timor-Leste (PITL) lançaram o projeto “Promoção de Eleições Democráticas e Inclusivas” no país.
O programa será implementado pela PITL, em parceria com a Associação de Deficiência de Timor-Leste (ADTL), a Belun, a Comissão Nacional Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC), o Movimento das Jovens Mulheres de Timor-Leste (MOFFE-TL) e a Fundação Caucus para promover a participação inclusiva de mulheres, jovens e pessoas com deficiência no processo eleitoral.
As Organizações Não-Governamentais vão procurar estratégias que contribuam para ultrapassar os desafios identificados pela Missão de Observação Eleitoral da UE de 2022, que destaca particularmente a importância do envolvimento dos jovens nas eleições.
O projeto centra-se nas necessidades e restrições que a sociedade civil timorense enfrenta para consolidar a democracia e as eleições em Timor-Leste, bem como oferecer formação, treino, tutoria e aprendizagem mútua aos eleitores.
O Embaixador da União Europeia para Timor-Leste, Marc Fiedrich, afirmou que a organização continua empenhada em apoiar a democracia e em defender os direitos humanos em Timor-Leste.
“Estamos a dar poder às ações da sociedade civil para reforçar os planos do Governo e do povo timorense rumo à construção de uma democracia forte e sustentável. Vamos abraçar as nossas tarefas de cidadania e trabalharmos em conjunto para criar um futuro mais brilhante através do poder de eleições livres e justas”, disse o diplomata num comunicado que a Tatoli teve acesso, em Díli.
A Diretora interina da Plan International, Fátima Estrela Soares, agradeceu à União Europeia por prestar apoio à implementação de projetos e a instituições governamentais como a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
“Este projeto contribuirá para um aumento da participação inclusiva nas eleições em Timor-Leste”, garantiu.
Para a implementação do projeto, que terá a duração de três anos, a União Europeia disponibilizou 645 mil de dólares americanos.
Aquele montante prevê a criação de melhores condições para uma participação inclusiva no processo eleitoral, o desenvolvimento de políticas eficazes de proteção contra a discriminação, a a divulgação da informação aos eleitores timorenses a nível comunitário e o reforço da capacidade das mulheres e dos jovens para votarem e participarem na tomada de decisões políticas.
A PITL e as organizações da sociedade civil vão trabalhar diretamente com instituições governamentais, nomeadamente com a CNE e o STAE, com estações de rádio comunitárias e mulheres, bem como com deputados do Parlamento Nacional, jovens e pessoas com deficiência, “para melhorar o processo democrático e promover a participação inclusiva dos eleitores nas eleições”.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Isaura Lemos de Deus