DÍLI, 10 de novembro de 2022 (TATOLI) – A Organização Popular das Mulheres Timorenses (OPMT) vai receber, no âmbito da cerimónia do massacre de Santa Cruz, a 12 de novembro, o Prémio Liberdade de Expressão Max Stahl, num valor de 10 mil dólares americanos.
A Secretária da Mesa do Parlamento Nacional, Lídia Norberta, disse hoje que a equipa de júri propôs ao Presidente do Parlamento, Aniceto Guterres, que o prémio fosse atribuído à OPMT.
A atribuição do prémio visa reconhecer as atividades de cidadãos nacionais e estrangeiros e de organização não-governamentais que defendem, promovem e divulgam a liberdade de expressão.
“A obra da OPMT defende a liberdade de expressão, sobretudo a das mulheres, preserva a memória da sua luta e divulga a história da libertação de Timor-Leste, por isso, o júri escolheu a organização”, disse a deputada.
A OPMT foi fundada em 1974 e desempenhou um papel de liderança nas três frentes da luta pela liberdade: clandestina, armada e diplomática. Durante os 24 anos da ocupação indonésia, as mulheres timorenses estiveram ao lado dos homens e lutaram pela libertação da pátria.
A prémio foi aprovada, através da resolução do Parlamento Nacional n.º 25/21, de 19 de dezembro.
Este prémio, além de incentivar a produção de conteúdos sobre a defesa da liberdade de expressão, visa homenagear Max Sthal e perpetuar a sua memória.
Max Stahl, o jornalista britânico que gravou o massacre de 12 de novembro de 1991, faleceu no dia 28 de outubro, em Brisbane, vítima de doença prolongada, no mesmo dia em que se assinalavam os 30 anos da morte de Sebastião Gomes, que originou a homenagem que levou ao massacre de Santa Cruz.
Christopher Wenner, mais conhecido como Max Stahl, nasceu a 6 de dezembro de 1954 no Reino Unido.
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Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Maria Auxiliadora