DÍLI, 07 de julho de 2022 (TATOLI) – O Primeiro-Ministro (PM) timorense, Taur Matan Ruak, defendeu o plano de desenvolvimento do projeto do Greater Sunrise em Timor-Leste.
“A empresa Woodside defende os seus interesses, mas nós também. A nossa posição é clara. O plano de desenvolvimento do Greater Sunrise deve ser em Timor-Leste, porque a Austrália já tem as plataformas em Bayu Undan”, afirmou Taur Matan Ruak, à margem do encontro semanal com o Presidente da República, José Ramos, Horta, no Palácio Presidencial.
Questionado sobre a sustentabilidade financeira do país, dependente do Fundo Petrolífero, o Chefe de Governo reconheceu que “um dia o fundo vai acabar à medida em que a nossa população e as necessidades aumentem”.
“O fundo pode acabar, mas Timor-Leste não se afundará e o povo não morrerá. Tenho esperança e acredito que o país não se vai afundar”, defendeu.
O Primeiro-Ministro informou que o Governo está à procura de alternativas para diversificar a economia.
No consórcio do Greater Sunrise, a empresa pública Timor Gás e Petróleo (Timor GAP) tem uma participação de 56,56%, a Woodside (operadora) de 33,44% e a Osaka Gás de 10%.
De acordo com o Tratado das Fronteiras Marítimas, se o gasoduto for para a Austrália, Timor-Leste recebe 80% das receitas e a Austrália 20%. Se o gasoduto se destinar a Timor-Leste, o país recebe 70% dessas receitas e a Austrália 30%.
Notícia relevante: Timor-Leste reafirma posição sobre plano do Greater Sunrise
Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Maria Auxiliadora
