iklan

HEADLINE, NOTÍCIAS DE HOJE, SAÚDE

HNGV regista anualmente mais de 30 doentes com lepra

HNGV regista anualmente mais de 30 doentes com lepra

Diretora Dermatologista do HNGV, Dulce Madalena Alberto. Imagem/Filomeno Martins.

DÍLI, 28 janeiro de 2022 (TATOLI) – O Hospital Nacional Guido Valadares regista anualmente mais de 30 casos de doentes com lepra, revelou a Diretora Dermatologista do HNGV, Dulce Madalena Alberto. 

“Damos diariamente assistência a três ou quatro doentes com lepra na nossa clínica”, afirmou a dirigente à Tatoli, em Bidau, Díli.

Segundo a responsável, as autoridades de saúde realizam análises, quer físico quer laboratoriais às pessoas com sintomas da doença, como é o caso da micose, conhecida por pano branco.

 “Testamos bactérias resistentes e efetuamos o seu diagnóstico. Devemos usar o termo lepra para que sejam garantidos os seus direitos”, disse.

A responsável explicou ainda que existem dois tipos de lepra – a lepra paucibacilar e a multibacilar.

“A lepra multibacilar é mais perigosa. Se for diagnosticada precocemente poderão prevenir sintomas mais graves. A toma de medicamentos depende, pois, do tipo da lepra doença. No entanto, os leprosos multibacilares devem tomar medicamentos entre seis meses a um ano”, acrescentou.

Dulce Madalena Alberto mostrou-se, entretanto, apreensiva com a falta de qualidade do laboratório, local onde são feitos os testes de despistagem às amostras.

“Entre fevereiro e junho do ano passado, foram inúmeros os medicamentos em falta, circunstância que causou complicações no estado de saúde de 12 doentes afetados com a doença da lepra”, frisou.

A responsável destacou ainda a necessidade de os doentes cumprirem à risca a toma de medicamentos entre seis meses a dois anos. Caso contrário, serão obrigados a fazer o tratamento desde o seu início.

Recorde-se que as autoridades de saúde registaram, no ano passado, 150 casos de lepra em oito municípios e na Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno, sendo que Baucau conta com 30 leprosos, Díli 28, Covalima 19, Ainaro 18, Manatuto 17, RAEOA 15, Liquiçá sete, Lautém dois e Viqueque um.

O Ministério da Saúde registou, desde o ano de 2000, mais de cinco mil leprosos, sendo que 1% viria a falecer.

Notícia relevante: Cidália: É preciso reforçar combate ao estigma e discriminação dos leprosos

Jornalista: Isaura Lemos de Deus

Editora: Maria Auxiliadora

iklan
iklan

Leave a Reply

iklan
error: Content is protected !!