DÍLI, 11 de janeiro de 2022 (TATOLI) – A Alumni do Parlamento Foinsa’e de Timor- Leste (APFTL) realizou uma pesquisa sobre a preferência dos jovens em três áreas – educação, emprego e participação cívica.
O resultado da investigação, que abrangeu 2.693 jovens em todo o território nacional, incluindo a Região Administrativa Especial de Oé-Cussé Ambeno (RAEOA), mostra que a maioria prefere a participação cívica em termos sociais e organizacionais.
O objetivo desta pesquisa é apurar a preferência dos jovens timorenses, sobretudo em termos de educação formal e informal, emprego e participação cívica na vida quotidiana.
“Lançámos hoje um relatório que apresenta algumas informações interessantes. O resultado da pesquisa informa as entidades do Estado, privadas e internacionais para que prestem atenção [aos três assuntos em causa]”, disse o Secretário de Estado da Juventude e Desporto (SEJD), Abrão Saldanha, no Hotel Timor.
Os dados da pesquisa que dizem respeito à participação cívica indicam uma taxa de 80% na participação dos jovens em atividades cívicas como desporto, serviço social, vida organizacional e processo de tomada de decisões.
No que toca à preferência dos jovens na educação, o documento mostra que 79,45% dos jovens entre os 15 e os 24 frequentam a escola e 56,31% pretendem concluir bacharelato e licenciatura.
Sobre a formação vocacional, a pesquisa indica que 54,93% dos jovens nunca frequentou formação e 24,11% pretende participar em formação na área da agricultura e pescas.
Em termos de formação básica, 82,46% quer aprender inglês, 55,16% português e 50,74% prefere frequentar um curso básico de informática.
“Na escolha sobre o emprego, 77,71 % dos jovens, entre os 15 e os 24 anos, ainda não tem emprego e 30,79% estão desempregados”, referiu.
O governante salientou também que a maioria dos jovens pretende seguir profissões como médico (11,02%), professor (9.98%) e polícia (9,72%). A preferência dos jovens no setor formal é mais alta, comparando com o setor informal.
Já o Presidente da APFTL, Zaulino Gomes da Silva, revelou que a equipa pretendia realizar uma pesquisa entre os meses de maio e dezembro do ano passado, mas, com a presença do novo coronavírus e respetivos desafios, foi realizada apenas de maio a junho.
“O apuramento de dados foi feito durante dois meses – agosto e setembro. Entre outubro e dezembro, procedeu-se à sua análise e à elaboração do relatório”, explicou.
O total do orçamento previsto para a pesquisa foi de 30 mil dólares americanos.
Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Maria Auxiliadora