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Massacre de Santa Cruz: Lú Olo recorda Max Stahl e heróis da pátria

Massacre de Santa Cruz: Lú Olo recorda Max Stahl e heróis da pátria

DÍLI, 12 de novembro de 2021 (TATOLI) –  Lú Olo disse hoje prestar uma homenagem especial a Max Stahl e a outros heróis da pátria, no âmbito da comemoração do 30.º aniversário do massacre de Santa Cruz, que ocorreu a 12 de novembro de 1991.

“O Presidente da República presta uma homenagem especial ao nosso irmão jornalista Max Stahl. Enquanto assinalamos o dia do massacre de Santa Cruz, as cerimónias fúnebres e a homenagem ao nosso herói, Max Stahl, têm inicio em Brisbane, na Austrália”, afirmou, no seu discurso, em Santa Cruz, Díli.

O Chefe de Estado manifestou também solidariedade para com as famílias do jornalista britânico e dos jovens heróis que participaram na manifestação que levaria ao massacre.

Lú Olo lembrou ainda que o Estado timorense designou esta data como o Dia Nacional da Juventude e pediu à juventude que “seguisse o espírito dos jovens do 12 de novembro”.

“Reunimo-nos hoje para valorizar a memória dos heróis e mártires, sobretudo dos que se manifestaram no dia 12 de novembro de 1991 para afirmarem o nosso sonho de independência”, acrescentou.

Imagem Tatoli/António Gonçalves.

Max Stahl foi também recordado pelo Presidente do Conselho do Comité 12 de Novembro, Gregório Saldanha, que avançou que a família do jornalista trará no próximo ano as suas cinzas para Timor-Leste.

“Começou hoje a cremação de Max Stahl e a sua família trará [as cinzas] para Timor-Leste, no próximo dia 15 de janeiro”, disse.

Timor-Leste perdeu Max Stahl, jornalista e realizador, responsável pela filmagem das imagens do massacre de Santa Cruz, em 1991, que permitiram chamar a atenção para a situação de Timor-Leste e colocar o país no topo da agenda internacional, um importante contributo para a autodeterminação do povo timorense.

Max Stahl faleceu a 28 de outubro, em Brisbane, vítima de doença prolongada, no mesmo dia em que se assinalam os 30 anos da morte de Sebastião Gomes, que originou a homenagem que culminou no massacre de Santa Cruz.

Christopher Wenner, mais conhecido como Max Stahl, nasceu a 6 de dezembro de 1954 no Reino Unido.

Depois de ter passado por vários cenários de conflito, sobretudo na América Latina, em agosto de 1991, Max Stahl veio para Timor-Leste para filmar o documentário que viria a chamar-se “In Cold Blood: The massacre of East Timor”.

A 12 de novembro de 1991, acompanhou e filmou a marcha de homenagem da igreja de Motael até à campa de Sebastião Gomes, que culminou no massacre do Cemitério de Santa Cruz, em que centenas de jovens timorenses foram mortos por militares indonésios. As imagens correram o mundo e deram a conhecer o drama timorense.

A filmagem impulsionou a frente diplomática, catapultando Timor-Leste para as primeiras páginas dos meios de comunicação mundiais, depois de vários anos em que a situação timorense permanecia adormecida para a comunidade internacional.

Notícia relevante: Nos 30 anos do massacre de Santa Cruz, Taur apela a reflexão dos jovens

Jornalista: Isaura Lemos de Deus

Editora: Maria Auxiliadora 

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