DÍLI, 06 de setembro de 2021 (TATOLI) – As famílias das vítimas do massacre de Setembro Negro, que ocorreu a 6 de setembro de 1999, colocaram hoje flores e acenderam velas no monumento dos heróis deste massacre, na Vila de Suai.
“Assinalámos o dia do Setembro Negro com uma missa. Não foi assinalado pelo Governo, no entanto as famílias das vítimas, por iniciativa própria, colocaram flores e acenderam velas no monumento”, disse via telefone o administrador do município de Covalima, Francisco de Andrade, à Agência Tatoli.
Não foi realizada qualquer outra atividade, porque este município mantém-se ainda com cerca sanitária.
O administrador pediu ainda ao Governo que continuasse a dignificar os sobreviventes do massacre do Setembro Negro.
Francisco de Andrade apelou também ao Estado mais projeção para esta data, decretando-a como feriado nacional e não apenas no município de Covalima.
“O dia 06 do Setembro Negro de 1999 mostrou ao mundo o sacrifício do povo de Covalima pela luta da libertação nacional de Timor-Leste”, lembrou.
Rodolfo da Cruz “Samasesu”, testemunha e familiar de vítimas deste massacre, fala numa “memória cruel e de assassinato”.
“As famílias das vítimas continuam a pedir uma missa de agradecimento e a colocação de flores no monumento do massacre do Setembro Negro”, afirmou.
Rodolfo da Cruz recorda igualmente que este massacre foi levado a cabo por milícias pró-autonomia e militares da Indonésia, que mataram três sacerdotes e alguns cristãos na Igreja Avé Maria, em Suai, Covalima.
Jornalista: Domingos Piedade Freitas/Celestina Teles
Editora: Maria Auxiliadora