DÍLI, 18 de fevereiro de 2021 (TATOLI) – Os dados da Pesquisa de Alimentação e Nutrição de 2020 do Ministério da Saúde (MS) mostram algum progresso no combate à má nutrição em Timor-Leste face aos do relatório da Pesquisa de Saúde e Demografia de Timor-Leste divulgado no ano de 2010.
A Chefe do Departamento de Nutrição do MS, Olinda Albino, disse que a Pesquisa de Saúde e Demografia levada a cabo quer em 2010 quer em 2016 deram resultados substancialmente diferentes. Assim sendo, no que concerne ao índice de nanismo infantil, Timor-Leste registou 58% em 2010, enquanto em 2016 desceu para os 47%.
Quanto à Pesquisa de Alimentação e Nutrição efetuada em 2013 e 2020, o estudo indica que neste período de intervalo houve uma ligeira descida na percentagem relativa ao nanismo infantil com 50% e 47%, respetivamente.
No que toca à debilidade infantil, os dados de 2010 sobre a Pesquisa de Saúde e Demografia indicam que o país registava então 19%, ao passo que em 2016 viria a subir para os 24%.
O mesmo se sucedeu com os dados fornecidos pela Pesquisa de Alimentação e Nutrição, ao indicar que em 2013 a percentagem de debilidade infantil se fixava nos 11%, enquanto em 2020 era de apenas 9%, registando assim uma ligeira melhoria neste parâmetro.
Em relação ao peso inferior ao normal, se o relatório da pesquisa de Saúde de 2010 indicava que 45% de crianças sofriam deste problema, o de 2016 aponta para uma redução de 5%, cifrando-se nos 40%.
Também os relatórios da pesquisa de Alimentação e Nutrição publicados em 2013 e 2020 evidenciam uma redução nesta categoria, descendo dos 38% para os 32%.
Relativamente à obesidade, os dados da pesquisa de Saúde de 2010 e de 2016 apontam para um ligeiro aumento de crianças obesas, 5% e 6%, respetivamente.
Em contrapartida, os resultados obtidos através da pesquisa de Alimentação e Nutrição de 2013 e de 2020 mostram que se registou uma ténue diminuição em relação à obesidade, passando de 2% para 1%.
Referente à pesquisa de Alimentação e Nutrição de 2020, Olinda Albino revelou diferenças na taxa de prevalência de má nutrição entre crianças do sexo masculino e do sexo feminino. Deste modo, enquanto 52% de crianças com menos de cinco anos do sexo masculino sofrem de nanismo.
Notícia relevante: Três municípios com elevado índice de nanismo infantil
Jornalista: Maria Auxiliadora
Editor: Zezito Silva