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Timor-Leste é o segundo país com mais fome no ranking do IGF de 2020

Timor-Leste é o segundo país com mais fome no ranking do IGF de 2020

Mercado em Lecidere. Imagem/António Gonçalves .

DÍLI, 16 de outubro de 2020 (TATOLI) – Timor-Leste ocupa, em 2020, o segundo pior lugar no Índice Global da Fome (IGF). O país apresenta-se na 106.ª posição de um ranking de 107 nações, com uma pontuação de 37,6, um nível “alarmante” de fome.

Segundo o relatório do IGF, Timor-Leste está, ao lado do Chade e de Madagáscar, entre os três países deste ranking com mais fome.

Os dados divulgados têm por base quatro indicadores – a subnutrição, crianças com menos de cinco anos com baixo peso para a sua altura, baixa estatura ou nanismo de crianças com idade inferior a cinco anos e mortalidade infantil abaixo dos cinco anos.

Cada país recebe uma pontuação numa escala de 0 a 100 pontos. Os dados demonstram que Timor-Leste está, em 2020, numa situação alarmante de fome, com uma classificação de 37,6 pontos, resultados piores face ao ano de 2012, em que obteve 36,2 pontos, mas melhores do que em 2006, ano em que registou 46,1 pontos.

Recorde-se que, de acordo com os dados da Pesquisa de Saúde e Demográfica de Timor-Leste de 2016, 45% de crianças com menos de cinco anos sofrem de nanismo, 24% são raquíticas e 6% têm problemas de obesidade.

Os dados mostram ainda que cerca de 40% das crianças sofrem de anemia e menos de 50% consomem leite materno exclusivo. Apenas 13% das crianças e jovens entre os 6 e os 23 anos seguem uma dieta recomendada.

Segundo esta pesquisa, 27% das mulheres sofrem de desnutrição e 23% com idade compreendida entre os 15 e os 49 anos de anemia.

Já de acordo com os Censos de 2015, Timor-Leste tem 1,2 milhões de habitantes, o que representa um acréscimo em relação aos Censos de 2010, em que o número era de 1,1 milhões. Já 89,8% dos agregados familiares dependem do setor da agricultura.

Apesar destes problemas, o Governo de Timor-Leste está a trabalhar para combater e melhorar setores essenciais do país, definindo um orçamento para a água potável e infraestruturas de saneamento básico, estradas, irrigação, escolas e saúde.

O Executivo aderiu também recentemente ao Movimento Global para a Melhoria da Nutrição (SUN Movement, em inglês), tornando-se o 62.º país a integrar esta iniciativa internacional.

A adesão de Timor-Leste visa combater a má nutrição, fornecer uma plataforma relevante no sentido de aprender com outros países bem como partilhar a experiência e contribuição para reduzir a má nutrição, tanto a nível nacional como a nível global.

O Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, tinha antes afirmado que a adesão de Timor-Leste à iniciativa Sun Movement permite melhorar as condições de vida das populações, sobretudo o seu bem-estar, nas áreas da educação, saúde e alimentação e acesso a serviços e infraestruturas básicas, contribuindo para o desenvolvimento e estabilidade económica do país.

“Este compromisso encoraja a nossa aposta estratégica de combate à pobreza e à subnutrição infantil e familiar, que justifica a nossa adesão ao Movimento Global para a Melhoria da Nutrição”, disse o Chefe do Executivo.

Jornalista: Maria Auxiliadora

Editor: Zezito Silva

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