DÍLI, 11 de abril de 2025 (TATOLI) – Está a decorrer até ao dia 12, no Centro de Convenções de Díli (CCD) e no Hotel Palm Spring, a 6.ª edição da Reunião Ministerial da Organização Intergovernamental dos Países Afetados por Conflitos (g7+).
A iniciativa foi promovida pelo Secretariado da tutela, em parceria com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação e com o apoio do gabinete do Primeiro-Ministro e ministérios Coordenador dos Assuntos Económicos e Turismo e Ambiente.
Intervindo no evento, o Presidente da República (PR), José Ramos Horta, referiu que a iniciativa é uma oportunidade para se assinalar os 15 anos de luta coletiva, resiliência e determinação. “Nos últimos 15 anos, o g7+ tem trabalhado incansavelmente para amplificar as vozes dos países afetados por conflitos, assegurando que os seus desafios e aspirações sejam reconhecidos na cena mundial”, referiu Ramos Horta, no seu discurso, em Díli.
“Tem defendido esforços de paz e estabilidade enraizados na apropriação nacional, defendendo uma mudança de soluções impostas externamente para abordagens que reflitam verdadeiramente as necessidades das nossas nações”, afirmou.
Para o PR o g7+ tem de continuar a defender coletivamente reformas nas instituições internacionais, a reforçar a solidariedade e a promover a apropriação nacional em todos os aspetos da paz e do desenvolvimento.
Ramos Horta referiu ainda que o progresso sustentável só pode ser alcançado quando é liderado por aqueles que melhor compreendem os seus próprios desafios e acrescentou que os Estados-membros da organização podem aproveitar o encontro para dar forma a uma nova narrativa em que “as nossas nações sejam reconhecidas não como problemas a resolver, mas como parceiros na construção de um mundo mais justo e pacífico”.
Por sua vez, o Chefe do Governo, Xanana Gusmão, referiu que, desde o início, acreditou que o grupo tinha potencial para crescer, não só em número, mas também em influência.
“Insisti na necessidade de continuarmo-nos a expandir, a institucionalizar os nossos esforços e a reforçar a nossa capacidade de harmonizar e alinhar a ajuda internacional com as nossas prioridades, assegurando que aquela serviria as necessidades reais dos nossos povos em vez de ser ditada por agendas externas”, acrescentou.
Estiveram presentes no evento, entre outros, a Representante da Organização das Nações Unidas, Elizabeth Spihar, a Presidente do Parlamento Nacional, Maria Fernanda Lay, ministros e delegados dos países membros do g7+, deputados, membros do Executivo, Embaixadores, membros do corpo diplomático e da sociedade civil.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Isaura Lemos de Deus