DÍLI, 17 de novembro de 2023 (TATOLI) – O Ministério do Petróleo e dos Recursos Minerais (MPRM) e a empresa da Coreia do Sul, a SK E&S, assinaram uma parceria de cooperação por um ano, para a preparação do processo de captura e armazenamento de carbono (Captura e Armazenamento de Carbono, CAC em português e CCS em inglês) no campo de Bayu Undan quando o petróleo se esgotar.
O acordo foi assinado pelo Ministro da tutela, Francisco Monteiro e pelo Vice-Presidente da empresa coreana, Ilyung Kim, em Díli. O governante timorense afirmou que a empresa sul-coreana pretende investir em Timor-Leste por considerar que o país tem potencial para desenvolver a indústria de CCS, no subsolo marítimo do campo petrolífero Bayu Undan.
“O acordo é válido por um ano, mas para efetuar este investimento é necessário um estudo. Trabalharemos em conjunto para identificar o potencial de investimento no setor, bem como noutros domínios” afirmou em Farol.
Questionado sobre o valor do investimento, Francisco Monteiro explicou que a assinatura do acordo foi apenas uma fase inicial, pois as duas partes efetuarão mais estudos sobre as possibilidades de investimento.
Por sua vez, Ilyung Kim afirmou que a sua empresa esta empenhada em trabalhar conjunto com o governo de Timor-Leste para realizar o projeto o mais rápido possível. “O memorando de entendimento que assinámos permite-nos trabalhar com o governo timorense para procurar a oportunidade de converter o campo de gás de Bayu-Undan num projeto de CAC”, frisou.
O coreano acrescentou ainda que o campo de gás de Bayu-Undan, após o seu esgotamento, tem todas as oportunidades de ser convertido num projeto de CCS de classe mundial, que pode contribuir para o desenvolvimento da economia de Timor-Leste.
Recorde-se que o ex-Presidente da Autoridade Nacional do Petróleo e Minerais (ANPM), Florentino Ferreira, tinha dito que quando o campo Bayu Undan deixasse de ter utilidade, não seria desmantelado, mas adaptado ao sequestro de carbono para a arrecadação de receitas por parte do Estado e para a criação de postos de trabalho. O antigo dirigente referiu ainda que a atividade de captura reflete o acordo de Paris sobre a libertação de dióxido de carbono e outros gases produzidos por meio da queima de combustíveis fósseis, contribuindo para o aumento da temperatura do planeta.
Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Isaura Lemos de Deus