DÍLI, 29 de setembro de 2023 (TATOLI) – Cerca de 1.400 professores, dos 1.499 contratados cujos salários estavam em atraso desde janeiro, receberam hoje os retroativos. O pagamento não abrangeu todos os docentes por falta de documentação necessária, requisito que, a ser cumprido, abrangerá a totalidade dos docentes.
Segundo a Diretora-Geral de Administração e Finanças do ME, c, não foi possível processar o pagamento a 68 professores, uma vez que “alguns não entregaram as folhas de presença e outros, sendo professores estrangeiros, não apresentaram uma declaração que deve ser emitida pelo Ministério da Justiça que comprove a condição de dupla nacionalidade.
Questionada sobre o montante disponibilizado para o pagamento em apreço, a dirigente informou que, para o efeito, saíram dos bolsos do Estado cerca de 2,6 milhões de dólares americanos e que os salários variam entre os 204 e os 272 dólares, mediante o grau académico dos docentes.
Cesária Marques Cabral, uma das professoras contratadas a exercer funções na Escola Básica Central n.º 1 do Farol afirmou ter já recebido os vencimentos em atraso. “Recebi 2.176 dólares americanos, o correspondente a oito meses de trabalho. Como sou licenciada, o meu salário foi fixado em 272 dólares”.
Recorde-se que 1.499 professores, numa comunicação no Jardim 5 de maio em Díli no dia 19, ameaçaram parar de exercer as suas funções, sobretudo entre 16 e 21 de outubro, período em que decorrem os exames nacionais e locais, caso o Ministério da Educação não regularizasse os salários em atraso e não regulasse o estatuto de professor contratado. Aqueles professores fazem parte de um grupo de docentes contratados pelo VIII Governo. Com o pagamento dos salários em atraso, o problema daqueles professores fica parcialmente resolvido.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Isaura Lemos de Deus