DÍLI, 19 de setembro de 2023 (TATOLI) – Para se desenvolver o campo petrolífero Greater Sunrise é fundamental realizar-se um “estudo de viabilidade económica” e do qual se possa deduzir que resultem benefícios mútuos inequívocos. A ideia é do Vice-Presidente Executivo de Exploração e Desenvolvimento da empresa Woodside Energy, Andy Drummond, à margem de uma reunião com o Ministro do Petróleo e dos Recursos Minerais, Francisco Monteiro, em Díli.
Segundo Andy Drummond, a empresa respeita a posição de Timor-Leste de avançar com o projeto no interesse do povo timorense, todavia “é demasiado cedo para determinar um local viável para o processamento destes campos petrolíferos sem realizar um estudo”, afirmou o dirigente, em Díli, naquilo que parece ser um estudo mais de carácter técnico do que económico.
Andy Drummond acrescentou que a Woodside iria manter discussões com a Timor Gap e a Osaka Gás para avaliar a proposta de estudo viabilidade que a empresa tinha apresentado no ano passado sobre o desenvolvimento do campo do Greater Sunrise.
Já Francisco Monteiro referiu que durante a reunião se trocaram ideias relativas ao desenvolvimento do projeto, nomeadamente à elaboração do código de exploração petrolífera, ao regime fiscal e aos contratos de partilha de produção. “É importante discutirmos abertamente e finalizarmos todos os acordos”.
Ainda assim, do ministro, porém, deduz-se uma atitude que tem sido consentânea com as pretensões de Timor-Leste relativo ao modelo de exploração económica do campo da Greater Sunrise: o itinerário, por gasoduto, daquele campo para a costa timorense, possibilidade tida como tecnologicamente possível por Meg O’Neill, Diretora-executiva da Woodside. Francisco Monteiro foi perentório ao afirmar que “o Governo de Timor-Leste continua a manter a sua posição, preferindo que o petróleo e o gás deste campo sejam processados no país”.
O ministro frisou que todos os acordos devem ser finalizados no próximo ano de forma a acelerar o desenvolvimento do Greater Sunrise, sendo, nesta pretensão, “acelerar” a vontade expressa pelo governante em detrimento de mais prolongamentos por via de vários estudos, técnicos ou económicos. É neste âmbito que se entende a afirmação de Francisco Monteiro quando asseverou que “seria melhor ter um único estudo viabilidade para o desenvolvimento do campo petrolífero. Esperamos concluí-lo até junho de 2024”.
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Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Isaura Lemos de Deus