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Expulsão de diplomata timorense do Myanmar recebe condenação inequívoca do executivo timorense

Expulsão de diplomata timorense do Myanmar recebe condenação inequívoca do executivo timorense

Bandeira de Timor-Leste. Foto: Publico.

DÍLI, 28 de agosto de 2023 (TATOLI) – Ágio Pereira, Ministro da Presidência do Conselho de Ministros declarou, na qualidade de porta-voz do Executivo, a posição unânime do Governo timorense face à decisão da Junta Militar do Myanmar de expulsar do país o Encarregado de Negócios timorense, Avelino Fernandes Ximenes Pereira: uma inequívoca condenação do ato e uma rejeição do argumento que está na base da expulsão.

Ágio Pereira afirmou, num comunicado do Governo que a Tatoli teve acesso, que “a República Democrática de Timor-Leste permanece firme na sua convicção de que somente através do diálogo e do respeito pela vontade do povo é que se pode alcançar uma solução pacífica e duradoura para a crise no Myanmar”.

O ministro apelou à comunidade internacional que se unisse em esforços para promover a restauração da ordem democrática e dos direitos humanos na região. “Timor-Leste, em linha com as posições assumidas pela Associação das Nações do Sudeste Asiático e pelas Nações Unidas, reitera a importância de apoiar todos os esforços para o retorno da ordem democrática em Myanmar e expressa a sua solidariedade com o povo do Myanmar, ao mesmo tempo que insta a Junta Militar a respeitar os direitos humanos e a procurar uma solução pacífica e construtiva para a crise”, disse.

Na base da decisão da Junta Militar estiveram, entre outros, as recentes declarações do Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, nas quais afirmava que Timor-Leste iria reconsiderar a adesão à Associação das Nações do Sudeste Asiático, caso esta não conseguisse apaziguar a situação vivida no Myanmar e contribuir para que aquele país regressasse a um caminho da via democrática.

A respeito daquelas, a junta militar pronunciou-se deste modo: “As declarações imprudentes e irresponsáveis do primeiro-ministro não são apenas prejudiciais para a manutenção das relações bilaterais entre Myanmar e Timor-Leste, mas também negligenciam de forma grosseira os contínuos ataques violentos do grupo terrorista chamado de Governo de Unidade Nacional”.

Recorde-se que Aung Myo Min, Ministro dos Direitos Humanos do NUG, a estrutura oficiosa do governo de Myanmar, estabelecida em 2021 na sequência do golpe de estado levado a cabo pela junta militar, se reuniu com o Presidente da República, José Ramos Horta, na semana passada, de modo a discutir a natureza violenta do regime da junta militar imposta ao povo e aos opositores.

Notícia relacionada: Reafirmado apoio a Myanmar e ao seu governo oficioso

Jornalista: Domingos Piedade Freitas

Editora: Isaura Lemos de Deus

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