DÍLI, 12 de julho de 2023 (TATOLI) — A deputada do Congresso Nacional de Reconstrução Timorense Lúcia Taeki inquiriu sobre a real situação do barco Berlin Ramelau, concretamente o motivo de a embarcação não efetuar viagens de Díli para a Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno (RAEOA) e vice-versa. De facto, é sabido que o barco em apreço está atracado no Porto de Díli há vários meses, desconhecendo-se a razão da sua imobilidade.
“O Governo adquiriu dois navios, o Nakroma e o Berlin Ramelau. Sabemos que este último não está em circulação desde outubro de 2022, por isso, quero apresentar este problema ao vice-Ministro dos assuntos parlamentares”, disse a deputada, em sessão plenária.
A deputada apelou ao Ministério dos Transportes e Comunicações para que se verifique o porquê de o Berlin Ramelau não efetuar operações entre a capital e a RAEOA. “Porque é que o navio Berlin Ramelau está atracado no porto de Díli? O Governo aloca anualmente um orçamento para a reparação e manutenção dos navios”, questionou.
Lúcia Taeki agradeceu ainda à empresa responsável pelas operações do barco Sucesso por garantirem, tanto quanto possível, o transporte da população de Oé-Cusse e de Ataúro.
Recorde-se que este navio fez a sua primeira viagem oficial em espaço marítimo timorense em maio de 2021. O projeto de construção desta embarcação foi cofinanciado pelos governos de Timor-Leste e da República Federal da Alemanha. Na altura, o Executivo timorense contribuiu com 8,6 milhões de dólares americanos e a Alemanha com 9,5 milhões.
O Berlim Ramelau foi construído na China pela empresa armadora holandesa, Damen Shipyards. Tem uma largura de 16 metros, um calado de 3,3 metros, um comprimento de 67,3 metros, um convés com 4,8 metros de altura e atinge a velocidade máxima de 12 nós.
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Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Isaura Lemos de Deus