DÍLI, 15 de junho de 2023 (TATOLI) – A Organização Mundial de Saúde (OMS) em Timor-Leste recomendou ao Ministério da Agricultura e Pescas (MAP) que aumente a produção agrícola visando que, com aquela, as pessoas consumam alimentos seguros e nutritivos.
O representante da OMS em Timor-Leste, Arvind Mathur, disse que para garantir que os timorenses consumam alimentos seguros, o MAP deve assumir um papel importante na produção de mais alimentos.
“O MAP desempenha um papel importante e tem feito um grande esforço para aumentar a segurança alimentar geral do país. Desse modo, pode-se contribuir para se garantir que o povo timorense esteja informado sobre alimentos seguros e nutritivos”, declarou o dirigente em Delta Nova, Comoro.
A OMS fez notar que Timor-Leste depende até cerca de 50% de alimentos importados, nem sempre os mais nutritivos, e que é necessário apoiar os timorenses em hábitos de consumo de alimentos seguros, trabalhando com o Ministério da Saúde e com a Autoridade de Inspeção e Fiscalização das Atividades Económicas e de Segurança Alimentar. Estas duas instituições, na opinião de Arvind Mathur, deveriam, por um lado, vigiar, monitorizar e avaliar a qualidade de alimentos importados e, por outro, garantir a qualidade dos alimentos locais.
“Estamos a trabalhar arduamente em laboratórios para encontrar a capacidade de monitorizar, medir ou fazer testes aos alimentos”, informou o representante local da OMS que realçou a importância que a sua organização atribui a testes de segurança alimentar e à implementação de padrões de segurança alimentar.
O Diretor Nacional da Segurança Alimentar do MAP, Rofino Soares Gusmão, disse que os agricultores enfrentam grandes dificuldades para conseguirem um aumento da produção, como por exemplo, máquinas avariadas, falhas no sistema de irrigação, infraestruturas precárias e recursos humanos insuficientes. “É necessária a diversificação agrícola no contexto de produção, da distribuição, com assistência técnica, e do consumo dos alimentos para se poder garantir uma alimentação saudável e adequada a toda a população timorense. Além disso, o impacto do clima também tem afetado a nossa produção”.
De acordo com dados do Conselho Nacional de Segurança Alimentar de Timor-Leste (CONSSANTIL) e do MAP, cerca de 20% dos timorenses ainda são afetados por alimentos contaminados, ou seja, cerca de 300 mil pessoas ainda consomem alimentos inseguros.
A este propósito, em janeiro, o Presidente da CONSSANTIL, Pedro Reis, havia declarado que a produção local do arroz aumentou de 48 mil toneladas, em 2018, para 86 mil em 2022, quantia, ainda assim insuficiente para as necessidades de consumo interno em Timor-Leste que se calculam serem na ordem das 130 mil toneladas.
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Equipa da TATOLI