DÍLI, 17 maio de 2023 (TATOLI) – Mais de 200 pacientes ainda esperam pela regularização dos passaportes para poderem fazer tratamentos de saúde em hospitais da Indonésia, da Malásia e de Singapura. Alguns deles não têm passaportes válidos e outros não têm o documento de todo, disse o Diretor Clínico do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), Marcelino Correia, em conversa com a imprensa na passada terça-feira.
“O Governo timorense, através do Ministério da Saúde, tem um acordo com hospitais da Indonésia, da Malásia e de Singapura para que os pacientes possam ser tratados, mas, até agora, os pacientes continuam à espera dos passaportes ou porque expiraram ou porque não os têm de todo”, disse Marcelino Correia aos jornalistas no HNGV, em Díli.
Desde o começo do ano os cidadãos timorenses têm enfrentado dificuldades para obterem passaportes, devido a problemas no orçamento do Ministério da Justiça. Por essa razão, a conclusão da extensão do contrato com as empresas responsáveis pela emissão dos documentos sofreu atrasos. Porém, no fim de março, o contrato entre as partes, de dois anos, foi firmado, mas ainda não há previsão para retomar a emissão dos passaportes para a população.
Esta demora, na opinião de Marcelino Correia, “pode prejudicar seriamente a saúde dos pacientes”. O diretor clínico revelou já ter solicitado ao Ministério da Justiça a atualização dos documentos de alguns pacientes, via carimbo e que está à espera que a situação seja resolvida. Uma parte deles já têm aprovação de um grupo de médicos para que possam fazer tratamentos no estrangeiro. Para este efeito, os pacientes cumpriram um conjunto de critérios.
“Durante muito tempo, o Governo enviou pacientes para o estrangeiro de modo a fazer tratamentos, mas agora o problema dos passaportes inviabiliza esta situação”, disse Marcelino Correia. Os pacientes que vão fazer tratamentos no exterior padecem de vários tipos de cancro e outras doenças para as quais não há equipamentos adequados no país.
O diretor referiu que os pacientes que têm passaportes caducados vão ter um carimbo de renovação via diploma do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação [entretanto aprovado para a Indonésia e Malásia]. Para os restantes, o processo pode ser mais moroso.
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Equipa da TATOLI
