DÍLI, 17 de abril de 2023 (TATOLI) – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, em inglês), a Organização Mundial de Saúde (OMS), e o Ministério da Saúde de Timor-Leste (MS) lançaram hoje a Campanha Nacional sobre o aleitamento materno para mulheres timorenses, com o objetivo de melhorar a qualidade da alimentação das grávidas.
A Ministra da Saúde, Odete Belo, informou que está a coordenar estratégias de forma a ampliar o aconselhamento sobre a importância do aleitamento materno.
“É um passo importante para alargar o trabalho de cuidados intensivos destinado às mulheres espalhadas pelos diversos municípios”, explicou a Ministra da Saúde, aos jornalistas no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, em Díli.
Acrescentou ainda que é importante assegurar que as mulheres tenham conhecimento adequado sobre nutrição e assim assegurar uma alimentação equilibrada aos seus filhos e a si próprias. “E não esquecer que a amamentação materna é vital para assegurar o bem-estar das crianças na sua vida futura” realçou.
O Representante da UNICEF, Bilal Durrani, disse que a organização já destacou mais de 100 funcionários de saúde timorenses, especialistas no programa de nutrição. “Estão a prestar apoio nutricional às mulheres em geral e grávidas em particular em cada município. O trabalho foca-se na escolha de alimentos e confeção de refeições nutritivas”, explicou.
De acordo com a UNICEF, em 2022, 90% das mulheres timorenses beneficiaram do programa e este ano o número subiu 4%.
Já o Diretor Nacional da OMS, Arvind Matur, ressaltou que “a amamentação é a forma mais eficaz de assegurar a saúde e a sobrevivência das crianças”. “Acredito que este programa é necessário para o envolvimento de todos os governos e parceiros relevantes, que devem trabalhar em conjunto para garantir que Timor-Leste possa alcançar o objetivo estratégico de redução da subnutrição infantil”, argumentou Arvind.
De acordo com os dados nacionais recolhidos pela UNICEF, a prevalência de crianças com peso inferior ao desejável em Timor-Leste é de 32,1%. Quanto à realidade por municípios a situação é a seguinte: Viqueque 28,1%, Oé-Cusse 43,8%, Manufahi 29,2%, Manatuto 29,5%, Liquiçá 32,8%, Lautém 23,7%, Ermera 40%, Díli 27,4%, Covalima 34,8%, Bobonaro 39,4%, Baucau 27,3%, Ainaro 37% e Aileu 32,2%.
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Equipa da TATOLI