DÍLI, 10 de março de 2023 (TATOLI) – O Fórum das Organizações Não-Governamentais de Timor-Leste (FONGTIL) organizou um debate público sob o tema Defender o Interesse de Timor-Leste nas Relações Exteriores, que reuniu representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC), da Câmara do Comércio e Indústria de Timor-Leste, bem como do Centro Nacional Chega, para partilhar e trocar opiniões sobre os progressos e desafios da política externa do país.
“O propósito deste encontro é promover um debate sobre o desenvolvimento nacional, sobre o reforço da cooperação entre ONG e os ministérios para ajudar o Governo e o Estado na implementação da política externa, bem como promover e defender os interesses nacionais no cenário internacional”, afirmou o Diretor-Executivo do FONGTIL, Valentim da Costa Pinto, à margem da abertura da cerimónia, em Díli.
O dirigente reconheceu que, após 20 anos de restauração da independência, o país alcançou sucesso na implementação e na reconciliação com a Indonésia (o que se tornou uma referência para todos os países), na participação da fundação da Organização Intergovernamental dos Países Afetados por Conflitos (g7+) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
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Atualmente, Timor-Leste está a preparar-se para se tornar membro da Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN) e da Organização Mundial do Comércio (OMC) o que, no ver de Valentim Costa, também é um indicador de sucesso.
Valentim da Costa Pinto salientou que, em termos de liberdade de expressão, Timor-Leste foi a melhor democracia do Sudeste Asiático, uma vez que as ONG e o público são livres de criticar sem medo de restrições ou ameaças.
O representante do MNEC Crisógono Araújo salientou que nenhum país democrático no mundo se quer isolar dos outros, uma vez que, na política de relações internacionais, o papel do Estado é defender e preservar o interesse e a identidade nacionais.
O dirigente explicou que no artigo 8.º da Constituição se define em pormenor que a política externa de Timor-Leste deve reforçar as relações de amizade com países vizinhos, a nível regional, e multilateralmente, promover o bem-estar dos cidadãos e respeitar os direitos humanos.
Este encontro contou ainda com a participação do Serviço de Apoio à Sociedade Civil e Auditoria Social, bem como diversas ONG.
Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Isaura Lemos de Deus