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PNUD volta a investir no Projeto Economia Azul

PNUD volta a investir no Projeto Economia Azul

Representante do PNUD, Munkhtuya Altangerel. Imagem/Egas Cristovão.

DÍLI, 28 de fevereiro de 2023 (TATOLI) – O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai disponibilizar mais de 600 mil dólares americanos para a continuidade do Projeto Economia Azul em Timor-Leste, informou a representante do PNUD, Munkhtuya Altangerel.

“O montante vai ser alocado a programas que abarcam atividades agrícolas e de aquacultura. As primeiras destinam-se sobretudo a jovens empresários, as segundas a mulheres. Estas últimas, numa fase inicial, abrangem atividades como a criação de algas e pepinos do mar na ilha de Ataúro”, afirmou a representante do PNUD, em Caicoli.

A responsável referiu ainda que as atividades agrícolas serão implementadas em Baucau, Bobonaro, Ermera e Oé-Cusse e estão alocados para a sua implementação 300 mil dólares”, disse.

Munkhtuya Altangerel garantiu que o PNUD vai dar assistência técnica a todos os envolvidos nas atividades de modo a contribuir para a diversificação da economia e para a redução dos efeitos das alterações climáticas.

Recorde-se que o Projeto Economia Azul apoiou, no ano passado, 50 produtoras de algas marinhas em Ataúro.

O projeto começou em 2021, no âmbito da implementação do Fundo Conjunto do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e o PNUD, para prestar apoio técnico e financeiro a Timor-Leste de modo a desenvolver o seu primeiro “Roteiro de Financiamento da Economia Azul”.

O projeto tem a ver com a utilização sustentável dos recursos oceânicos para o crescimento económico e para a melhoria dos meios de subsistência das mulheres envolvidas, preservando ao mesmo tempo a saúde dos ecossistemas oceânicos.

O coordenador do grupo de pescas de Ataúro, Filipe Dotan, afirmou, por sua vez, que o grupo já cultiva algas marinhas desde 2013. “Temos mais de 200 grupos de pescadores a fazer esta atividade, isto permite diversificar a economia e responder às necessidades das famílias”, disse Filipe Dotan.

Esta atividade pretende ajudar ainda a população a cuidar de áreas protegidas, contribuindo assim para a proteção da riqueza marinha.

“De três em três meses recolhemos mais de 100 toneladas de algas marinhas, depois vendemo-las para empresas da Indonésia e da China”, referiu.

De acordo com o coordenador, desde a implementação da economia azul na ilha, cada grupo consegue um rendimento mínimo de 500 dólares americanos, sendo o valor máximo por colheita 16 mil dólares.

Para a colheita de algas, o Ministério da Agricultura e Pescas e o PNUD disponibilizaram redes para o grupo em causa.

Segundo o Banco Mundial, a economia azul representa o uso sustentável dos recursos oceânicos para o crescimento económico, melhores meios de subsistência e empregos, preservando a saúde dos ecossistemas dos oceanos.

De acordo com a ONU, a economia azul abrange os espaços aquáticos e marinhos, incluindo o oceano, mares, costas, lagos, rios e águas subterrâneas, e compreende uma série de setores produtivos, como a pesca, a aquicultura, o turismo, o transporte marítimo, a construção naval, a energia renovável, a bioprospecção, a mineração submarina e atividades relacionadas, e os serviços dos ecossistemas.

Notícis relevante: Projeto Economia Azul do PNUD vai expandir apoio a produtoras de algas marinhas  

Jornalista: Jesuína Xavier

Editora: Maria Auxiliadora

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