DÍLI, 16 de dezembro de 2022 (TATOLI) – A Adjunta do Chefe da Casa Civil do Palácio Presidencial, Henriqueta da Silva, presidiu à cerimónia de inauguração do Programa de Nutrição na Clínica do Bairro-Pité, Díli.
O programa decorre entre 16 de dezembro e 14 de janeiro de 2023. Segundo Henriqueta da Silva, a Casa Civil vai trabalhar em parceria com o Programa Alimentar Mundial, a UNICEF e o Ministério da Saúde para combater a desnutrição no país.
“As famílias, sobretudo os pais, devem estar atentos à alimentação dos seus filhos. Podem beneficiar deste programa de nutrição e envolver-se numa formação prática de preparação de alimentos nutritivos”, informou a dirigente, no Bairro Pité, Díli.
Henrique da Silva acrescentou que esta iniciativa é um programa-piloto implementada pela Clínica do Bairro-Pité e pelos postos de saúde de Campo-Alor e de Maloa.
“Se houver progressos, vamos alargar o programa ao posto de administrativo de Rai-Laco, do município de Ermera e outros municípios. Atualmente, alocamos 11 mil dólares americanos para a implementação do programa”, frisou.
A este propósito, a Diretora do Serviço de Saúde do Município de Díli, Agostinha Segurando, informou que o serviço de saúde de Díli trabalha em parceria com a Unidade de Nutrição do Palácio Presidencial para identificar mulheres, grávidas, lactantes e crianças com menos de sete anos que sofrem de carências alimentares.
A dirigente acrescentou esta atividade, em apoio ao Ministério da Saúde, é muito importante sobretudo para mulheres, grávidas, lactantes e crianças a adquirirem competências na preparação e no consumo de alimentos nutritivos.
“Este projeto visa envolver diretamente mulheres, grávidas e lactantes no conhecimento e na preparação de alimentos nutritivos. O programa pretende beneficiar diariamente cem crianças e 122 grávidas e lactantes que sofrem a má nutrição moderada e aguda”, disse a dirigente.
Segundo dados sobre alimentação e nutrição recolhidos entre 2013 e 2020, houve uma ligeira descida na percentagem relativa ao nanismo infantil, de 50% para 47%. O mesmo se verificou com a percentagem de debilidade infantil que se fixava nos 11% em 2013 e, em 2020, nos 9%.
Dados de 2013 indicam que o país registava 27% de grávidas com baixo índice de massa corporal e, em 2020, reduziu aquele valor para 2%. Outros dados, da Pesquisa de Saúde e Demografia de Timor-Leste, indicavam que 6% das crianças são obesas e que 45% daquelas com menos de cinco anos sofrem de nanismo e 24% de raquitismo.
Outros dados mostram ainda que cerca de 40% das crianças sofrem de anemia e só 50% consomem leite materno em exclusividade. Finalmente, apenas 13% das crianças e jovens seguem uma dieta recomendada.
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora