DÍLI, 09 de dezembro de 2022 (TATOLI) – A empresa timorense Aero Díli está a preparar-se para efetuar rotas aéreas internacionais em 2023, segundo o Diretor-Executivo da empresa, Lourenço de Oliveira. Para esse efeito, entre outros, vai equipar-se com um avião.
O responsável revelou que o aparelho está a ser inspecionado na Malásia, fase indispensável antes de começar a operar em Timor-Leste.
“Planeio um avião para rotas internacionais aos países vizinhos que têm vindo operar a Timor-Leste. Esta fase de preparação vai concluir-se em meados de janeiro”, afirmou o responsável, numa conferência de imprensa, no aeroporto Nicolau Lobato.
Lourenço Oliveira especificou os destinos ambicionados: Darwin (Austrália), Singapura, Indonésia, Filipinas e China, mas fez depender estes destinos das condições do mercado. E, acrescentou, “quaisquer que sejam, queremos oferecer preços competitivos”.
O avião em apreço, um modelo A320 alugado em leasing, tem capacidade para transportar 180 pessoas, mas “o ideal serão 165 passageiros para que estejam confortáveis nas viagens, para não nos sentirmos apertados no avião”, afirmou Lourenço de Oliveira.
Entretanto, a Aero Díli prepara pessoal especializado para a manutenção do avião. O responsável referiu ter recrutado “um total de 20 pessoas para trabalharem na manutenção do avião” especificando que são técnicos provenientes da Malásia e da Indonésia. A empresa está também a preparar, durante seis meses, hospedeiras de bordo e pilotos para trabalharem nos voos, via empresa Dubai Aerospace.
O diretor-executivo afirmou, a este propósito, que tenciona recrutar timorenses para aquelas áreas profissionais. Para este efeito, irão haver bolsas de estudo para formar os futuros quadros de profissionais.
Questionado sobre os procedimentos para obtenção das licenças de operação de transportes aéreos, Lourenço de Oliveira asseverou que todos os processos estão em andamento.
Lourenço de Oliveira, empresário com vários negócios em Díli, incluindo voos charter para Bali e voos domésticos em Timor-Leste, confessa que esta ambição é um sonho antigo. “Fizemos um estudo aprofundado e consideramos que esta operação é viável. A minha experiência no setor da aviação diz-me que é uma boa opção”.
Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora