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Insatisfeitos com excesso de lixo, ativistas realizam ações de limpeza em Díli

Insatisfeitos com excesso de lixo, ativistas realizam ações de limpeza em Díli

Ativistas durante ação de limpeza na ponte Habibie. Fotografia/Agapito Santos.

DÍLI, 17 de novembro de 2022 (TATOLI) – Insatisfeitos com a acumulação de lixo em lugares públicos de Díli, ativistas do grupo Laudato Si Timor-Leste têm, há pelo menos três anos, realizado limpezas periódicas em vários pontos da cidade. Os locais incluem praças, praias e pontos de concentração, por exemplo, mas o grupo também promove a limpeza de canais e valetas.

As ações são partilhadas nas páginas das redes sociais do grupo e têm alcançado considerável repercussão. A cada ação, mais pessoas se juntam à iniciativa.

Contudo, antes de iniciar as atividades, os novos membros precisam de fazer um curso de três meses, que aborda os cuidados com o meio ambiente, noções de sustentabilidade e a adoção de um estilo de vida mais saudável.

A Laudato Si Timor-Leste faz parte da Laudato Si’ Movement, uma Organização Não-Governamental global voltada para a defesa da natureza.

A Coordenadora do Laudato Si Timor-Leste, Isaura Barros, defendeu que o problema da acumulação de lixo no país não se justifica apenas pela falta de contentores nas vias públicas, mas, sobretudo, pela falta de consciencialização das pessoas para a importância de não sujar, especificando o mau hábito de deitar lixo em qualquer lugar.

“O lixo é um problema mundial que resulta de uma cultura de desperdício da sociedade contemporânea. Um exemplo prático do que cada cidadão pode fazer, por exemplo, para reduzir a circulação de garrafas plásticas, é utilizar um cantil. Pequenas ações como esta fazem bastante diferença em benefício do meio ambiente”, exemplificou a ativista.

O diretor do departamento de Saneamento de Díli, Hermínio Moniz Ribeiro, destacou que a quantidade de contentores espalhados pela cidade é suficiente para atender à quantidade de resíduos produzidos. De acordo com o Ministério da Administração Estatal (MAE), é esperada a colocação de quatro mil novos contentores de lixo na capital.

“Os maiores problemas na redução de lixo nas vias públicas são a falta de consciência dos residentes de Díli e a circunstância da recolha de lixo ainda ser um processo manual, sendo, por isso, demorado”, argumentou.

A propósito dos recursos humanos afetos à recolha de lixo em Díli, o responsável informou que o Departamento de Saneamento é composto por 200 pessoas, 20 das quais estão destacadas para os jardins públicos e 20 para Tibar. Em relação aos camiões que recolhem lixo na capital, o diretor salientou que atualmente circulam 50, três vezes por dia.

Conforme o MAE, são produzidas diariamente 220 toneladas de lixo em Díli.

Equipa da Tatoli

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