DÍLI, 13 de outubro de 2022 (TATOLI) – O Coordenador da Organização Não-Governamental Rede Hasatil, Gil Boavida, pediu ao Governo que criasse um laboratório apto a testar a qualidade dos produtos alimentares importados.
“A maioria dos habitantes timorenses consome alimentos instantâneos e, por isso, apelamos ao Executivo que crie um laboratório apto a testar a qualidade dos produtos alimentares, sobretudo os importados. É necessário testá-los antes de os distribuir no mercado”, informou o dirigente, a propósito do Dia Mundial da Alimentação, que se comemora no próximo dia 16.
O dirigente alertou também à população que evite consumir alimentos instantâneos, dado que podem causar problemas de saúde pública.
Gil Boavida recordou que a Autoridade de Inspeção e Fiscalização da Atividade Económica, Sanitária e Alimentar (AIFAESA) tinha identificado vários alimentos fora de prazo.
Recorde-se que Timor-Leste aderiu, em fevereiro de 2018, ao Codex Alimentarius (CAC) – um órgão responsável por todas as questões relativas à implementação do Programa Conjunto de Padrões Alimentares e que visava uma maior qualidade e segurança nos produtos de consumo alimentar.
O Governo timorense, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançaram, em março deste ano, em prol da segurança alimentar, o primeiro projeto CAC no país no valor de 220 mil dólares americanos para os próximos três anos.
A Presidente da Comissão do CAC em Timor-Leste, Odete Viegas, destacou a importância da participação de Timor-Leste naquele acordo para se defenderem os direitos dos consumidores, sobretudo no que toca à proteção da saúde pública.
“Precisamos de sensibilizar a comunidade rural sobre os riscos alimentares, sobre a importância de uma alimentação com qualidade e sobre as normas alimentares adotadas internacionalmente. Precisamos de proteger a saúde dos consumidores”, salientou.
Odete Viegas acrescentou que, para o projeto, o Fundo Fiduciário do Codex (CAC) disponibilizou uma verba de 140 mil dólares, a Organização Mundial do Comércio colaborou com 70 mil e o Governo timorense contribuiu com dez mil.
Notícia relevante: MS preocupado com falta de meios para testar qualidade de alimentos
Jornalista: Isaura Lemos Deus
Editora: Maria Auxiliadora