DÍLI, 27 de julho de 2022 (TATOLI) – O Diretor Nacional da Saúde Pública do Ministério da Saúde (MS), Frederico Bosco, mostrou-se preocupado com a falta meios, designadamente um laboratório equipado e apto a testar a qualidade dos produtos alimentares.
“Neste momento, os ministérios da Saúde, do Turismo, Comércio e Indústria e da Agricultura e Pescas ainda não dispõem de um laboratório para analisar a qualidade dos produtos locais e importados. É necessário fazer o controlo da qualidade dos produtos”, declarou o dirigente, à Tatoli, em Caicoli, Díli.
Frederico Bosco manifesta-se também sobre a falta de recursos humanos e equipamentos, afirmando que “é importante que se invista em infraestruturas básicas e na formação de recursos humanos”, acrescentou.
De acordo com o dirigente, o Ministério da Saúde continua a esforçar-se no desenvolvimento de um sistema de controlo dos produtos alimentares nos municípios.
A este propósito, Frederico Bosco lembrou que Timor-Leste aderiu, em fevereiro de 2018, ao Codex Alimentarius (CAC) – um órgão responsável por todas as questões relativas à implementação do Programa Conjunto de Padrões Alimentares.
Recorde-se que o Governo timorense, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançaram, em março deste ano, o primeiro projeto CAC no país no valor de 220 mil dólares americanos para os próximos três anos, em prol da segurança alimentar.
A Presidente da Comissão do CAC em Timor-Leste, Odete Viegas, destacou a importância da participação de Timor-Leste no CAC para se defenderem os direitos dos consumidores, sobretudo no que toca à proteção da saúde pública.
“Precisamos de sensibilizar a comunidade rural sobre os riscos alimentares, sobre a importância de uma alimentação com qualidade e sobre as normas alimentares adotadas internacionalmente. Precisamos de proteger a saúde dos consumidores”, salientou.
Odete Viegas acrescentou que, para o projeto, o Fundo Fiduciário do Codex disponibilizou uma verba de 140 mil dólares, a Organização Mundial do Comércio colaborou com 70 mil e o Governo timorense contribuiu com dez mil.
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora