DÍLI, 07 de outubro de 2022 (TATOLI) – O Conselho Superior da Defesa e Segurança (CSDS) e o Chefe de Estado, José Ramos Horta, discutiram a situação precária dos cerca de cinco mil jovens timorenses em Portugal.
O Chefe interino da Casa Militar, Francisco da Silva, disse hoje que Chefe de Estado está preocupado com as condições de vida daqueles timorenses.
Francisco da Silva afirmou que estes jovens “foram vítimas de agências ilegais que se coordenaram com agências de viagens para enviar timorenses para o estrangeiro”.
Segundo o responsável, alguns daqueles jovens não querem voltar ao país, pois contraíram empréstimos de dois mil a três mil dólares para comprar os bilhetes para Portugal e agora querem trabalhar para poder pagá-los.
“Outra das razões para não quererem voltar é sentirem vergonha e não terem dinheiro para regressar, por isso, o nosso Governo está a tentar repatriar os nossos jovens”, referiu Francisco da Silva, após um encontro, no Palácio Presidencial, em Aitarak-Laran.
Francisco da Silva realçou ainda que o Chefe de Estado convocou a Polícia Científica da Investigação Criminal (PCIC) e alguns membros do CSDS para se interar da situação.
Já o Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, lamentou que algumas pessoas ou agências sejam oportunistas, iludindo timorenses que procuram uma vida melhor no estrangeiro.
“Interrogo-me sobre o que leva os nossos jovens a viajar para Portugal sem um contrato de trabalho ou ao abrigo de um protocolo entre os dois países. Mesmo assim, o Governo vai ajudá-los nesta situação”, referiu.
Recorde-se que foram identificadas centenas de timorenses a viverem em tendas de campismo montadas em jardins públicos.
O Governo português está a par da situação e tem tomado diligências no sentido de realojar, tantos quanto possível, aqueles timorenses.
Notícia relevante: António da Conceição preocupado com timorenses em Portugal
Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Maria Auxiliadora