DÍLI, 27 de setembro de 2022 (TATOLI) – O Primeiro-Ministro (PM), Taur Matan Ruak, destacou a necessidade de investir no setor produtivo. O PM quer alterar o desequilíbrio entre os produtos importados e os exportados, valorizando a produção com retorno financeiro que combatam a dependência económica externa.
No caso concreto a ideia é investir em produtos cuja matéria-prima exista no país e, importando menos, se aposte em bens que têm procura interna assegurada como o arroz e o óleo, equilibrando, desse modo, a balança comercial.
“Avançamos, pela primeira vez, para investir no setor produtivo, porque dependemos muito dos produtos de outros países”, afirmou o Chefe do Governo, em Aitarak-Laran, Díli.
Matan Ruak defendeu que é importante também combater a dependência económica externa e investir nos recursos humanos, nos setores privados e usar os recursos naturais e desenvolvimentos sustentáveis a longo prazo, dando como exemplo os bens da primeira necessidade.
O Chefe do Executivo recordou que, em 2019, Timor-Leste produziu 42 mil toneladas de arroz, o consumo interno foi de 136 mil toneladas. Ele exemplificou: “Aumentamos, nos últimos três anos, a produção de arroz para 71 toneladas. Os investimentos do setor privado foram quase todos para infraestruturas. Por essa razão, alocamos uma verba do orçamento para o crédito suave de modo a atrair os interesses dos investidores para apostarem em áreas produtivas”, frisou.
O Primeiro-Ministro acrescentou que é necessário que o setor privado tenha planos que incluam a produção de óleo alimentar, pois o país tem atualmente alguma abundância de coco, amendoim e nogueira-de-iguape.
Além disso, o Chefe do Governo adiantou que é fundamental desenvolver também as infraestruturas no país.
A este nível, Taur Matan Ruak asseverou: “Para a requalificação de Díli, neste momento, investimos cerca de um mil milhões de dólares americanos para o desenvolvimento da capital, sendo que dos mais de 300 milhões para o Aeroporto Internacional Presidente Nicolau Lobato, cerca de 84 milhões para o saneamento básico e mais de 100 milhões para o Porto de Díli, entre outros”, concluiu.
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora