DÍLI, 15 de agosto de 2022 (TATOLI) – O Ministro das Finanças, Rui Augusto Gomes, disse que os Censos relativos aos agregados familiares de 2022, que se vão realizar entre o dia 04 de setembro e 05 de outubro, vão ajudar a redefinir ou alterar algumas das políticas do Governo.
Sob o lema publicitário “Os Nossos Censos são o Nosso Futuro”, solicita-se à população que disponibilize a informação que lhes for pedida.
“O objetivo dos Censos é recolher informação sobre apopulação, ao nível das aldeias e dos sucos, recolher dados demográficos, como por exemplo o número total de mulheres, de homens, de crianças, de pessoas com deficiências físicas e mentais, entre outros“, disse o governante, no lançamento dos Censos, no Centro de Convenções de Díli (CCD).

O ministro salientou ainda que estas informações são muito importantes para o Governo, pois permitem desenhar políticas adequadas face à realidade do país.
“Por exemplo, quando se identifica um posto administrativo com uma taxa de natalidade alta, o Governo pode tomar medidas no sentido de construir escolas do ensino pré-escolar, ou, se identificar uma aldeia com um elevado número de idosos, o Governo pode criar condições adequadas para o bem–estar daqueles“, explicou.
Rui Augusto Gomes recordou ainda que os Censos estavam agendados para 2020, no entanto com o funcionamento do Estado em regime duodecimal e com as restrições da pandemia da Covid-19 não foi possível realizá-los.
O ministro adiantou que ainda que a Direção-Geral de Estatísticas apresentou um mapa de 452 sucos, estabeleceu um edifício em cada município e, posteriormente, “o Governo recrutou 200 formadores para capacitar as 3.424 pessoas, recrutadas para o efeito, para fazer o levantamento dos dados dos Censos“, explicou.
O governante relembrou ainda que a estrutura dos Censos é composta pela Comissão Nacional, sendo o Presidente o Primeiro-Ministro Taur Matan Ruak, pela Comissão Técnica, liderada por Elias dos Santos Ferreira e pela Comissão de Publicação.
Rui Gomes referiu ainda que o Governo tem cerca de três milhões de dólares americanos reservados para os Censos, sendo que um milhão foi disponibilizado pelos parceiros de desenvolvimento.
O ministro recordou ainda que o Governo realizou os Censo da População em 2004, 2010 e 2015.
O Presidente da República, José Ramos Horta, por seu turno, considerou que os Censos da População são muito importantes pois retratam a sociedade e ajudam o Governo a planear políticas.
“Apelo aos chefes das aldeias, dos sucos, aos Presidentes da Autoridade dos Municípios, para sensibilizarem e mobilizarem toda a população, de modo a serem recolhidos dados demográficos que correspondam à realidade timorense”, concluiu.
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Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Maria Auxiliadora