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Ocupantes do espaço da Escola 10 de Dezembro dispostos a sair

Ocupantes do espaço da Escola 10 de Dezembro dispostos a sair

Diretor da Escola Secundária-Geral 10 de Dezembro, Domingos Gusmão.

DÍLI, 01 de julho de 2022 (TATOLI) – Os ocupantes dos espaços contíguos à Escola do Ensino Secundário 10 de Dezembro, em Comoro, querem cooperar com o Ministério da Educação, Juventude e Desporto (MEJD) e com a Direção Nacional das Terras e Propriedades (DNTP) no âmbito da implementação do Projeto Comunitário da Reabilitação das Infraestruturas Educativas (PCRIE).

Um dos ocupantes, Olívio Bartolomeu da Conceição, afirmou que o Diretor do Serviço da Educação do Município de Díli e as autoridades locais já se reuniram com 15 agregados familiares para discutirem o problema.

“Já vivemos aqui desde 2001. Ainda não recebemos nenhuma notificação e estamos a aguardar informações. Estamos prontos a receber qualquer decisão do Governo. Queremos contribuir para a implementação do projeto de construção de infraestruturas educativas e do desenvolvimento da educação”, disse Olívio Bartolomeu da Conceição, à Tatoli, em Comoro, Díli.

Olívio da Conceição frisou ainda que os habitantes querem contribuir, mas é necessário que a decisão tomada seja participada e coletiva.

Também Agostinha Belo, uma das ocupantes, contou que a esposa do Primeiro-Ministro, Isabel Ferreira, tinha já convocado encontros com as famílias para solucionar o problema.

“A vida em Timor-Leste é muito cara e difícil, porque ganhamos mensalmente apenas 115 dólares americanos. Isto é uma preocupação. Já apresentamos também o problema à Direção do Serviço do Município de Díli para não haver qualquer tipo de discriminação contra a comunidade”, acrescentou.

Agostinha Belo pediu ao Governo que respeite os direitos dos cidadãos e que os trate com respeito.

“Queremos contribuir para o desenvolvimento do país, mas o Governo deveria tratar-nos com respeito e criar boas condições”, destacou.

Já o Diretor da Escola Secundária-Geral 10 de Dezembro, Domingos Gusmão, adiantou que o estabelecimento escolar está atualmente a enfrentar um problema de disputas de propriedade.

Domingos Gusmão contou que algumas famílias decidiram ocupar estes espaços devido à crise de 2006.

“A ex-primeira Dama tinha já efetuado um levantamento de dados, tais como os do cartão eleitoral e da ficha da família, para mudar estas famílias de local de modo a podermos expandir o recinto escolar. Mas nenhuma resposta foi recebida a este respeito.

“Reunimo-nos com o Diretor do Serviço da Educação do Município de Díli para abordar este assunto”, recordou.

De acordo com Domingos Gusmão, o representante da escola e a autoridade local já enviaram uma proposta à Presidente da Autoridade do Município de Díli e à Direção Nacional das Infraestruturas Educativas do MEJD.

“O fundo que foi atribuído à escola poderá voltar aos cofres do Estado, porque a construção ainda não se iniciou e os problemas continuam. De acordo com o nosso plano, queremos construir mais três salas de aula e um laboratório”, disse.

O responsável mostrou-se preocupado com as famílias que residem no interior do espaço escolar, pois estas não têm condições de higiene, reconhecendo que a sua presença prejudica o processo de ensino.

Domingos Gusmão pediu ao Governo que resolva este problema para que se possa dar início à construção das salas de aula.

“Se houver uma indemnização de 45 mil ou 60 mil dólares americanos, as famílias estão dispostas a sair, de acordo com a promessa da ex-Primeira Dama”, lembrou.

Questionado sobre as disputas de propriedade no interior do espaço da escola, o Diretor Nacional das Infraestruturas Educativas, Hélio Lopes, respondeu que o ministério vai realizar brevemente um encontro com os ministérios relevantes, sobretudo a Direção Nacional das Terras e Propriedades, para resolverem o problema.

“Temos de discutir um problema, o da indemnização. Estes agregados familiares devem cooperar com o ministério, pois o Projeto Comunitário Educativo foi planeado e orçamentado, mas teve de parar,  devido à presença dos ocupantes. Devemos aguardar serenamente para resolvê-lo”, concluiu.

Notícia relevante: Parlamento pede a Governo que resolva problemas de ocupantes em recintos escolares

Jornalista: Isaura Lemos de Deus

Editora: Maria Auxiliadora

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