DÍLI, 29 de junho de 2022 (TATOLI) – O Banco Mundial prevê que a economia não petrolífera de Timor-Leste cresça 3% em 2022, sustentada por um aumento significativo das despesas e investimentos do Governo, bem como pelo apoio na recuperação do consumo privado e abertura gradual das fronteiras.
A informação foi divulgada pela Diretora do Banco Mundial para a Indonésia e Timor-Leste, Satu Kahkonen, à margem do lançamento do Relatório Económico de Timor-Leste, edição de junho de 2022: Investir na Próxima Geração.
No discurso, a dirigente disse que, apesar das consequências da pandemia da covid-19 e do ciclone tropical Seroja, “a economia não petrolífera cresceu 1,5%, em 2021”.
“É positivo ver que Timor-Leste está a crescer economicamente, após anos muito difíceis”, afirmou, no Hotel Timor.
Satu Kahkonen salientou ainda que, embora se preveja que o crescimento continue a um ritmo semelhante em 2023, “é provável que o aumento da inflação tenha um impacto na recuperação a longo prazo”.
“As reformas da política estrutural [económica] são fundamentais para um crescimento diversificado e resiliente no futuro”, assegurou.
O relatório aponta ainda que o aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e eletricidade foi impulsionado pela guerra na Ucrânia, acrescentando que aquele poderá ser duradouro e ter impacto nas perspetivas de crescimento no futuro.
“É necessário que se adote uma estratégia para enfrentar os desafios a curto e médio prazos e que a política fiscal tenha como objetivo a proteção das famílias carenciadas face ao aumento dos preços, através de assistência direcionada”, refere o documento.
A instituição solicitou ao Executivo timorense que promova ações políticas para reduzir os preços dos alimentos, através do aumento da produtividade agrícola e da diversificação da produção interna para a alimentação.
O documento diz igualmente que a produção e o fornecimento de eletricidade devem ser melhorados, via exploração de fontes de energia alternativas.
O Banco Mundial solicitou também ao Governo que se foque “em intervenções rentáveis para investir em pessoas de modo a acumular e proteger o capital humano”.
O relatório concluiu que “os timorenses precisam de um novo motor de crescimento económico”.
Notícia relevante: Levantamentos do Fundo Petrolífero timorense preocupam Banco Mundial
Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Maria Auxiliadora
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