DÍLI, 05 de abril de 2022 (TATOLI) – A congregação salesiana e os antigos alunos de Dom Bosco em Timor-Leste estão de luto pela morte do diácono Baltasar Pires, SDB, aos 81 anos, depois de 52 anos ao serviço da vida missionária em Timor-Leste.
O diácono Baltasar, missionário salesiano, faleceu por volta das 08h30, no dia 04 de abril de 2022, no Hospital Nacional Guido Valadares, em Díli, onde estava internado devido ao agravamento do seu estado de saúde.
O Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, manifestou as suas condolências pela morte diácono Baltasar Pires, SDB.
“Em meu nome pessoal e da minha esposa, expressamos profundas condolências à Igreja e à família Salesiana de Dom Bosco”, disse o Chefe do Executivo num comunicado a que a Tatoli acesso.
Também a deputada Gabriela Alves, enquanto representante do Parlamento Nacional, apresentou voto de pesar pela morte do diácono.
“A família e a congregação salesianas em Timor-Leste e no mundo perderam, ontem à noite, o diácono Baltasar Pires, SDB”, afirmou a deputada.
Biografia do diácono Baltasar Pires, SDB
Diácono Baltasar nasceu a 24 de fevereiro de 1941, em Mirando do Douro, distrito de Bragança, Portugal.
Entrou no seminário salesiano de Poiares da Régua, a 03 de setembro de 1952.
Fez os votos perpétuos em 1965, na Congregação Salesiana de Cheung Chau (Hong Kong).
Estudou Teologia em Sanlúcar la Mayor, Sevilha (Espanha), onde permaneceu até 1970.
Após receber a ordenação diaconal em Sevilha, em 1970 partiu para Timor.
Segundo Dom Carlos Filipe Ximenes Belo, o diácono Baltasar Pires “inicialmente, trabalhou na sede da Missão de Baucau, onde era professor no Ciclo Preparatório e encarregado dos acólitos e da Cruzada Eucarística.”
Em 1971, foi transferido para o Colégio de Fatumaca, onde permaneceu até 2007, exercendo os cargos de conselheiro e professor.
Em dezembro de 1975, foi testemunha do avanço das tropas indonésias para Gariuai e Bercoli, em Baucau.
Durante o tempo da ocupação indonésia, Baltazar Pires foi sempre discreto nas suas palavras e atitudes em relação às autoridades indonésias, preocupando-se apenas com a educação dos alunos.
Nos últimos anos trabalhou na casa do Pós-Noviciado, em Comoro, Díli.
“Foi, durante a sua vida, um salesiano dedicado e sacrificado; um conselheiro amigo e um professor competente”, concluiu Dom Ximenes Belo.
Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Maria Auxiliadora