DÍLI, 23 de março de 2022 (TATOLI) – A equipa de observação eleitoral da organização intergovernamental dos países afetados por conflitos (g7+) apresentou várias recomendações aos órgãos eleitorais timorenses, sobretudo à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e ao Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).
“A g7+ recomenda o aumento do período de votação para aumentar a participação dos eleitores e sugere que o procedimento de contagem de votos seja mais célere”, referiu o Chefe da Missão da g7+, Larry Bojohn Fangawa, à margem da apresentação do relatório preliminar de observação eleitoral, no Quartel-Geral da organização, no Palácio do Governo, em Díli.
A organização recomendou também a criação de mais mesas de voto e “a redução do número de oficiais, pois não afetará as operações nos centros de votação”, salientou o Chefe da Missão.
A missão eleitoral da g7+ sugeriu ainda as urnas sejam transparentes e, acrescentou que deveriam ser entregues cópias autenticadas dos resultados dos centros de votação aos fiscais de cada um dos candidatos.
O chefe da missão aplaude o STAE por ter instituído centros de votação paralela em Díli.
Por último, a Missão de Observação Eleitoral da g7+ recomenda também aos órgãos eleitorais que melhorem a educação eleitoral, criando programas destinados ao esclarecimento de novos eleitores e de grupos de votantes vulneráveis. Sugere também o aumento do espaço de divulgação eleitoral, para acomodar partidos políticos, sociedade civil e organizações não governamentais.
Larry Bojohn Fangawa espera que estas recomendações sejam vistas como um contributo à melhoria de futuras eleições no país.
A equipa de observadores do g7+ é liderada por Larry Bojohn Fangawa, Gestor Eleitoral Distrital da CNE da Serra Leoa, e é composta por dez membros provenientes de três Estados-Membros da g7+: oito de Timor-Leste, um do Afeganistão e um da Serra Leoa.
A equipa foi dividida em três grupos e observou 28 centros de votação, nos municípios de Baucau, Díli, Ermera e Bobonaro.
No que toca à metodologia da observação, a equipa do g7+ utilizou uma lista de verificação que permitia aos observadores serem justos e imparciais. Foram observados a abertura e encerramento das urnas, os processos de contagem e apuramento, o ambiente político, a cobertura de segurança e a assistência aos eleitores com necessidades especiais.
Jornalista: Afonso do Rosário
Editora: Maria Auxiliadora